E
por mais estranho que pareça, eu escrevo um livro. É inevitável o pensamento de
alguns: “ele será péssimo, não irei perder meu tempo lendo uma coisa de um novato, de um amador”.
E eu sinceramente vos compreendo, porém antes de julgarmos baseado no senso
comum, é um tanto quanto interessante observarmos o trabalho do outro e, depois
de termos o devido conhecimento sobre ele, criticarmos. E é justamente isso que eu
peço à vocês que irão ler esta tão simplória obra denominada: “O Ministério”. Pretendo
disponibilizar semanalmente, cada semana um capítulo, talvez não role, mas
mesmo assim irei me esforçar. Espero que gostem do capítulo de hoje: “Epílogo:
O Devaneio”.
Após ler, apesar de ser muito pouco, gostaria que dessem suas opiniões (com
respeito, sempre), seja através do comentário, seja através da reação, apenas
para que eu poça saber como estou indo. Espero que apreciem meu trabalho, boa
leitura!
Epílogo:
O Devaneio
Recordo-me
como hoje, eu tinha quatro anos de idade e possuía um hábito um tanto quanto
estranho, aliás, um hábito muito natural à minha época. Lá estava eu a brincar
loucamente, segurando um cabo de vassoura, com um cobertor enrolado no pescoço
e me sentindo o maior dos heróis lutando contra o mal e protegendo, não a
Terra, mas sim o Universo. A permanência da Vida precisava de mim, eu deveria
lutar em prol dos seres vivos e fazer de suas existências cada vez melhores, eu
estava decidido: vou mudar a ordem do Universo.
Este
grande herói, cujo nome não havia, então percebeu este singelo fato: ele não
possuía nome. Isso o deixou intrigado. Isso o levou a decidir parar o
salvamento Universal, utilizar um poderoso encantamento de parada do tempo e
refletir sobre o seu nome real. “O Grande Salvador”? Não, muito brega, pensou ele. “O Vingador Universal”? No. Muito clichê. “O Destemido herói da
Justiça em Busca da Ordem Universal”? Grande
demais. Confesso que até chegar a esse nome o salvador levou muito tempo,
mas enfim o encontrou: Gato Negro.
Este seria o nome do destemido herói que iria reinstaurar a paz do Universo.
Mas,
apesar do nome, algo ainda faltava àquela história para que ela fosse a melhor
possível, a incomparável, a incrível, a história mais bela. Faltava aquela
história duas coisas, quem sabe três: um Enredo,
Heróis e Vilões. É isso!, pensou, esta história contará a incrível trajetória
de Gato Negro o ser nascido para governar aquele universo: Gato Negro, O Ministro
Universal.
Mas
quem disse que parou por aí? Aquela criança de imaginação fértil fundou um
mundo alheio ao seu mundo, um mundo de sonhos, magia. Um mundo encantado. Um
mundo onde havia diversidade. E como havia! Magos, bruxos, alquimistas, ninjas,
demônios, anjos, seres mitológicos, Deuses e muito mais! Todas as espécies, todos os contos, toda a
magia das lendas estava contida naquele mundo.
Mas
aquele mundo de vilões e heróis, de magos e feiticeiros, de luz e escuridão
precisava de ordem e foi nesta ordem que ele viu onde encaixar seu “Gato
Negro”. O Ministério Universal. Uma
instituição responsável por reger todo aquele espaço infinito denominado
Universo. Mas quem dera houvesse apenas Um Ministério e Um Universo, havia não
um, mas sim Quatro: Os Quatro Grandes
Universos e seus Quatro Grandes
Ministérios. Cada um deles regido por sua forma de Vida, Destino, Fé e
Morte.
Cada
um daqueles universos possuía seu Deus Regente, e olhe que eles já foram
citados e você se quer percebeu. Eram eles, os Quatro Grandes Deuses, Senhores cada um de seu próprio Universo e
de seu próprio Ministério, eram eles: Deus,
Destino, Vida e Morte. Os Quatro
Grandes Deuses e, em sentido literal, o Poder Máximo daquele Todo, que, aliás,
é o nome dado por aquela criança à união dos Quatro Grandes Universos e todas
as dimensões alternativas que nele estava contida: O Todo.
Ou
se preferir, O Verdadeiro Infinito.
Não que os Quatro Grandes Universos não fossem infinitos, eles são. Mas como, talvez, você saiba ou venha a descobrir,
existem camadas ou níveis de Infinito – Veja como aquela era uma criança
devaneante. Ah, sim! Se preparem para DEVANEAR, pois esta palavra e suas formas
conjugadas *quer existam elas, quer não* estarão muito presente nesta
devaneante obra.
Mas
retomando as rédeas deste epílogo, Gato Negro, Ministro
Universal, não poderia sozinho reger o Universo, afinal, ele é infinito – seja
qual for seu nível –. E é, obviamente, necessário para reger tamanha vastidão
um Corpo Ministerial, formado por Treze Ministros Santos e suas Treze Sessões Ministeriais formadas por
milhares de ministros das mais diversas áreas, respeitando, é claro, sua devida
hierarquia. Mas esta você somente descobrirá ao longo da história. Assim como
vários detalhes omitidos por mim.
Enfim,
baseado nos sonhos e devaneios de uma criança que esta história teve início e
será assim até o fim. Por que no fim, serei eu uma eterna criança. E foi assim,
dessa estranha maneira que surgiu está obra e é assim que ela irá terminar. Eis
que começa:
O MINISTÉRIO
O CREPÚSCULO DO
DIVINO