1 de setembro de 2012

O Devaneante Autor


E por mais que não possam acreditar: falar de si mesmo é a mais difícil tarefa que há. Não posso fazê-los acreditar, mas hei de tentar, para que assim, além de compreender o que estou tentando dizer, possam também compreender a essência de meu ser.

Victor Said, este é meu nome, e este é um nome que muitos de meus leitores já conhecem. Para aqueles que me conhecem, talvez a descrição mais fácil e simples de me dar é: "Louco". Esta é uma descrição, apesar de simples, um tanto quanto interessante, já que ela aborda e retrata a essência de minha natureza, em sua multiplicidade e variedade, em sua inconstância, e isso eles podem afirmar também: sou inconstante.

Mas, apesar dela ser uma excelente descrição, ainda assim, não é capaz de me descrever. E por que não? Porque aqueles que convivem comigo, sabem que está é uma pobre descrição. Afinal, como diria Fábio, em uma de suas falhas tentativas (e já desistidas) de compreender meu ser: "Você é um homem de múltiplas faces". E isso é uma verdade, inquestionável aliás, porém ainda assim não é suficiente. Minha multiplicidade não se apresenta como elemento de falta de caráter, como diriam muitos sociólogos, mas sim uma forma de mostrar, literalmente, a diversidade de um único ser humano pode ter.

Apresentando tanto as minhas qualidades, quanto defeitos. Minhas manias e hábitos. Meus amores e desavenças. Mostrando o que amo e o que odeio (se é que odeio alguma coisa verdadeiramente). Mostrando tanto o meu lado severo, quanto o flexível. A incompreensão e compreensão de meu ser. Sendo e não sendo eu, mas isso também compõe o meu "eu". Sem jamais questionar a intensidade e veracidade dos meus sentimentos. Fábio e Jason diriam: e você tem algum? E posso lhe afirmar, que por mais que não demonstre-os verdadeiramente na maioria das vezes, sim eu os tenho. Escondidos, oprimidos e esquecidos, mas eu os tenho.

E quando meus sentimentos afloram, eles afloram intensamente (apesar de muitas vezes não expressar). Assim como tudo em mim, diga-se de passagem. Intensidade. Ou tudo, ou Nada. Ou gosto, ou não gosto. O melhor, ou o pior. E confesso:  o meio termo em alguns momentos  pode ser extremamente útil.

Porém, ainda assim, não é o suficiente para me descrever. Se eu passasse horas seguidas falando e falando, mesmo assim não seria o suficiente. Talvez por meu ser variar tanto, ou ser constante demais, ou talvez o contrário, ou talvez por nenhum desses motivos! Apenas sei que  cada pessoa me enxerga de uma forma, cada um à sua maneiras, muitas (quase todas) de forma distorcida e quase erronia, vêm-me como um monstro, enquanto outros me vêm como um anjo. É instável.

De toda forma, espero que cada pessoa chegue a suas próprias conclusões, sejam elas certas ou erradas. Condizentes ou não com a realidade e com meu ser. Apenas desejo que cada um de vocês venham a compreender o meu ser e a minha essência, à sua maneira. Me vendo como acha deve ver, acreditando em um ser que posso ser ou não. Apenas quero ser, o que você desejar que eu seja. E é isso o que sou, no fim das contas, o que você pensa que sou.