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23 de março de 2013

O Fim



Haviam, aliás, há em mim tantas memórias vivas
Tantos mares infinitamente densos
Tantas correntes inquebráveis
Tantas palavras poderosas
Tantas máscaras incontáveis e intermináveis
Tantos fatos guardados
Tantos sentimentos trancafiados
Tantas cicatrizes que jamais esquecerei
Tantos momentos de um silêncio tão gritante
Tantas soluções sem aplicações
Tantos momentos acompanhados da solidão
Tantas Verdades falsas, ou falsas verdades
Tantas “palavras” manipuladas pela “verdade”
Tantos erros insana e incessantemente cometidos
Tantos traços de história (ou estórias) jamais vividas
Tanta coerência incoerente, aliás, incoerente coerência
Tantos olhos maliciosos com vozes tão surdas
Tantas Sagas interminadas
Tantos Fins.
Fora um abismo criado por seu Deus (Eu[?]) para trancá-lo pelo tempo infinito em seu paraíso solitário. Havia tanta razão. Tanta coerência. Havia, finalmente, não uma solução, mas sim respostas. Foi de fato necessário trancá-lo no fundo de sua alma. Na maior de suas introspecções. Assim e só assim seria ele capaz de entender o abismo escuro de seu ser. Sua escuridão, seu mal, seu ego. Seu Eu.
Aquele ser, desde sempre, estivera condenado a si mesmo. Condenado ao que era, ao que seria. Ao que foi. Alma. Ele havia se entendido, aos seus mares e marés, abismos, correntes, máscaras, falas, palavras, silêncio.

Finalmente ele estava bem consigo mesmo.

Aquele era Ele.
Aquele era Eu.
Aquele era Você.
Aquele era...

...Victor Said.
Ao Menos,
 Por Algum tempo.



E foi assim, que este Devaneio Inconstante chegou ao Fim.




Victor Said,

Em uma Quinta-Feira qualquer, de um dia qualquer, em uma hora qualquer do dia 07 de Fevereiro de 2013 definiu este Incompleto e Prematuro Fim.

5 de dezembro de 2012

À Luz Que Há de Chegar

Eu não tenho medo.
Não temo o que possa chegar.
É engraçado, a escuridão está à chegar.
Mas mesmo assim, aqui estou eu a esperar.
Que venha, e venha com tudo!
Eu sei, eu sei que vou lutar.
É engraçado, eu sei, mas não vou deixar você escapar.
Eu vou, eu vou lutar.
Não sei, não sei até onde posso chegar.
Mas sabe, pouco me importa, só sei que vou ganhar.
Não me venha, não! Com este olhos rasos.
Não me procure, não! Com a sua loucura.
Não me Venha, não! Não com seu ódio.
Só me procure, sim! Quando seus olhos brilharem.
Só me venha, sim! Quando sua loucura, devaneio se tornar.
Eu só quero, sim! Só te quero, quando você chegar.
E pouco importa se essa luz não há de chegar.
Ah, pouco importa se tudo se acabar.
Eu serei a luz, a luz que você precisa encontrar.
Serei  a beleza que você está a procurar.
Serei o sol que necessita brilhar.
E acima de tudo: serei a Vitória, que necessita chegar.
Pois que venha e desta vez, tudo há de se acabar.
Ou talvez, Recomeçar?

3 de novembro de 2012

O Ministério - Capítulo 1: Parte 5



Se Dark Lucius e o homem alto e moreno, cujo nome é Scorpion, estavam respectivamente à sua esquerda e direita, havia ainda uma terceira figura para compor aquele quarteto. E está é uma figura importante em nossa história, afinal, será ela a chave para diversos acontecimentos futuros, mas isso nem eu posso lhe garantir, porque no fim das contas o único que de fato domina o futuro é o Todo Poderoso, Destino.
Enquanto mulher, esta era a mais bela de todas. Sua beleza era extrema. Seus traços eram leves, seus olhos verdes como uma jade. Seu nariz era perfeitamente proporcional ao seu rosto, seus lábios vermelhos e carnudos, enquanto suas orelhas, que carregavam brincos em formato de um gato negro – por que será? –, eram extremamente uniformes e alinhados aquela face, o que fazia dela uma total perdição e objeto de desejo para quem quer que a olhasse.
Isso sem falar em sua maquiagem imprópria para o momento, mais parecia estar maquiada para uma festa do que para uma crise universal! Um batom negro moldava sua boca, dando aquele belíssimo ser um ar de excentricidade e escuridão, enquanto suas bochechas rosadas juntamente com os efeitos estéticos nos olhos, davam o equilíbrio necessário para que sua maquiagem fosse extremamente inovadora e bela. Seus grandes cílios faziam dos seus olhos ainda mais bem definidos e belos: era inegável a sua beleza.
O grande quimono rosa bebê, estampado por flores de Lótus brancas formavam um desenho extremamente diferente, que quando bem observado formava uma segunda lótus, porém muito maior e mais bela, trabalhada nas variações do tom branco. Indo do mais alvo ao mais envelhecido, e já quase amarelado, tom de branco. Sua beleza era tão grande quanto sua dona. Aquele quimono muito justo se tornava ainda mais com a utilização daquele largo e grande cinto negro, desenhado não por lótus, mas sim por diversas flores, dos mais diversos tons, havendo duas que chamavam mais atenção: as rosas e as flores de laranjeira. Porém essas quando unidas às outras flores formavam o nome: “O Ministério”.
Mas haviam outros detalhes que muito chamavam a atenção. Seus leques estavam entre eles. Preso a seu sinto, tinha-se dois deles. Um negro e com a mesma estampa do sinto, porém totalmente em dourado e o outro totalmente branco, porém com as estampa em lótus rosa. Diferente das peças maiores, estes não formavam nomes ou símbolos algum, apenas estavam dispostos de forma elegante sob toda a superfície destes leques.
Seus cabelos eram outro ponto. Loiros acinzentados, porém luminosos como o sol. Era algo inconstante. Ora loiro acinzentado, ora loiros dourados e luminosos. E independente de qual fosse o tom, eram lindos. Ondulados e volumosos, pareciam seda de tão lisos, mas ao mesmo tempo contrastava pelo volume das ondas.
Enfim, aquela bela dama de unhas vermelhas, era sem sombra de dúvidas um dos espécimes femininos mais belos, se não o mais belo. É claro que não foram relatadas algumas outras belezas deste ser, inclusive aquelas extremamente carnais. Mas espero que saibam: estas eram ainda mais volumosas e belas que seus cabelos.
Seu nome? Elizabeth, a esposa de Gato Negro.
 ...

31 de outubro de 2012

E Quem é Ela? Ela é Victória!

E logo hoje!
Ah, e foi hoje?!
Há de ter sido
E não por falta de se saber
Mas por que há de ser
E neste redundante e nada cotidiano dia
Ela há de ter nascido!
Mas que loucura?!
Como pode ter nascido?
Nascido assim?
Nascido como ela!
E quem é ela?
Ela é Victória!
E quem há de ser?
Há de ser a estranha, aliás
A Extranha!
Aquela que Devora,
Que come
E que consome
O saber! Livros?
Histórias? Contos e Encantos?
Tudo isso e Mais um pouco! E por quê?!
Porque ela é Victória!
Com seus cabelos voantes
Com seus degraus insanos
Seu sorriso desengonçado!
Suas histórias cativantes
Suas opiniões de tão sinceras
Quase inconstantes!
Vão caminhando e buscando
Apenas encontrando
Mas quem é ela?!
Ela é Victória!
A arte, a música, o rock!
Ah, ela gosta e como gosta!
E por quê?!
Oras! Ela é Victória!
E quem dera eu, Com tão pobres palavras
Poder descrever
E Por quê?!
Porque ela é Victória!
Mas afinal, o que de fato importa?!
Nada há de importar,
Afinal hoje só temos que comemorar!
E eu?
Meus parabéns a lhe desejar
Mas afinal, por que fazê-lo?
Basta responder:

E quem é ela?
Ela é Victória!

29 de outubro de 2012

A Profana Lua Que À meus Olhos Alitera

Sob o brilho da Loucura
Profano a Solidão
Não sei mais se posso encontrar a Razão
À Muito me perdi
E por isso me Iludi
Mas que faça do meu mundo a sua perdição!
Oh, Nostalgia do Destino
Irrefutável Noite fúnebre
A Lua me Olha com tão belos olhos
As lágrimas caem
O Desespero grita
É tamanho que nem posso ouvir
Só sei! E como sei!
Que não mais poderei resistir
Ah, a beleza do profano me instiga
É nostálgico, constrangedor e sujo
Torne-me a aliteratura do seu fim!
E que me perdoem o neologismo
A Aliteratura de meu ser, enobre: enegrece: e apodrece o meu querer!
Enfim este foi um fatídico fim.

27 de outubro de 2012

Quando será que Perdi?


À medida que Vivo
Perco os Sentidos
É Engraçado Notar
Friamente Vago
Tortuosamente Ando
Raramente Escuto
Às vezes Enxergo
Nem sempre Falo
Adoraria Cantar
Mas quando Percebo,
Só o que Vejo
É a beleza
A beleza de um Mundo
Que não posso Enxergar
Quem dera eu Pudesse
Quem dera me Permitissem
Quem dera eu Fosse
Quem dera eu Queresse
Apenas Gostaria
Apenas Sonho
E só no sonho Fico
Adoraria
Recuperar meus Sentidos...
(?)

O Ministério - Capítulo 1: Parte 4


Peço que me perdoem pelo tempo sem postar... Acabei cometendo um errinho. Pensei que já estava no final do capítulo por aqui, mas na verdade ainda falta algumas coisas. Duas ou três partes antes de concluir o capítulo 1. Ah, aproveito para notificar que depois que concluir o cap 1 vou dar um tempo nas postagens d'O Ministério, porque estou sem tempo de mexer nele. Enfim, espero que gostem. Boa leitura. =D

Capítulo Um: A Chegada - Parte 4


Ao lado de Gato Negro três pessoas. Dois homens e uma mulher. À sua direita um homem alto com pouco mais de 1,90 metros. Sua pele era morena, seus olhos castanhos claros. Seu cabelo? Um moicano pontiagudo completamente negro, sendo que aquela era a única parte que possuía cabelos naquela cabeça quase completamente careca. Estava sem camisa, com uma calça larga e confortável de cor branca, que assumia uma extensão cônica: nos tornozelos era fina, porém à medida que subia pela canela se tornava larga, até alcançar a cintura, a qual era presa por uma corda. Suas roupas lembravam muito às de um capoeirista, apesar de suas calças serem bem mais largas.
Sob aquela luminescência seus músculos muito bem definidos pareciam ainda mais belos. O abdômen mostrava o resultado de um árduo e trabalhoso treinamento, assim como seus braços, pernas e peitos. Cada centímetro de seu corpo mostrava-se muito bem definidos e trabalhados. Era óbvio o quanto este homem prezava por seu corpo, mas é claro que nem tudo são flores. Havia também cicatrizes, e como havia. Algumas menores, já outras maiores. Mas uma que muito chamava a atenção era um corte horizontal em sua bochecha esquerda. Digamos que era como um “charme a mais” naquele espécime belíssimo e muito bem trabalhado. Falando em charme, não podemos esquecer a esmeralda em formato de losango que jazia em sua orelha direita.
Enquanto na direita de Gato Negro havia um homem alto e corado, à sua esquerda o caso era um pouco diferente, aliás, muito diferente. Havia lá homem um pouco mais baixo, este tinha 1,78 metros e possuía uma pele alvíssima, lembrava até um defunto de tão pálido. Seus olhos eram azuis, azuis como o mar ao receber os raios solares matinais, porém eram calmos como um lago, mas um lago muito, muito, muito parado. Sua face era de uma beleza diferente, ao mesmo tempo em que ele parecia ser triste e melancólica, sua expressão demonstrava um desinteresse extremo no que quer que estivesse a ocorrer ali. Seus cabelos iam até metade de suas orelhas, sendo loiros e extremamente lisos. Tão lisos que desciam até suas orelhas perfeitamente, sem um único fio rebelde. E possuía uma franja de meia lua que cobria toda a sua testa, chegando bem perto de cobrir seus olhos.
Usava uma luva branca e justa, o detalhe que mais chamava atenção era a costura negra que, apesar de estar em sua palma, chamava muita atenção por envolvê-la formando um símbolo. Aquele símbolo estava em suas luvas, capa e túnica. Aquele símbolo parecia ter um valor místico profundo, ou quem sabe era apenas um símbolo particular aquele Ministro, fosse como fosse, aquele símbolo estava claramente estampado nas vestes daquele homem cujos olhos lembravam os de um peixe morto.
O ser pálido desprovido de expressões vestia uma túnica branca e sem detalhes, apenas o símbolo que estava disposto em suas costas. Era folgada e moldava bem em seu corpo, além de parecer um paciente saído de um necrotério com aquelas roupas, ele estava descalço e usando uma capa, que, aparentemente, servia apenas para diminuir o frio, e mesmo assim havia momentos que ele parecia tremer intensamente, ou seria apenas impressão?
De toda forma, sua expressão morta e melancólica unida àquela roupa que descia até seus pés descalços, cobrindo todo o seus pálidos braços que terminavam de encontro com aquelas luvas brancas e grossas muito bem desenhadas, fazendo dele um ser, no mínimo, macabro, afinal um dos Três Ministros Santos ter uma aparecia tão decrepita era um tanto quanto estranho, mas é como dizem: “não se deve julga o livro pela capa”. Se ele estava ali como um dos Três Mais Fortes, motivos haviam, e por mais que não venha a acreditar: recomendo que o faça. Pois aquele era Dark Lucius, o Senhor das Trevas.

26 de outubro de 2012

Quem Dera Querer



Eu quero...
E como quero!
Mas não sei o que quero.
Apenas quero.
E como quero!
Mas querer o que não existe
O que não tenho
O que não sei
O que querer?
Eu queria querer,
Querer alguma coisa
Queria ter algo querido
Mas que me queresse
É querido, querer querer?
Ah, quem dera
Quem dera querer
Querer o vazio
A solidão
A Luxúria do Saber
Queria querer
Querer o querido
O querido querer.
Mas quem dera eu quisesse
Enfim,
Alguém quis entender?

25 de outubro de 2012

Palavras Verídicas de uma Crônica Aleatória

Era Inegável aquele ser sua falta de beleza. Seus olhos transpareciam uma calma, um poder, gentileza e paz. Mas em seu íntimo carregavam um mal tão grande que poderiam, com um simples olhar, repelir toda a luz, e que me perdoem a colocação, seu poder de repelir a luz era quase assustador. Por mais que parecesse um espécime de perfeita bondade, um homem ético e digno, seus amigos, que é que poder-se-ia chamar aqueles seres de “amigos”, eram tão obscuros quanto ele. Mas claro, tudo expresso na mais profunda ilusão de um ser bondoso.
Era igualmente inegável a força com que tornavam as ilusões e mentiras que construía nas mais absolutas e inquestionáveis verdades. Ele era capaz, e como era, de distorcer a tudo e a todos. A realidade para ele era como uma massa de modelar, poderia (e deveria!) ser moldada a sua maneira. Moldada aos seus olhos, aos seus obscuros olhos. O mundo parecia ser o parque de diversões que ele, em seu íntimo explícito, sempre desejara brincar.
E por mais que seus pacíficos e tenebrosos olhos fossem de um castanho escuro único, seu corpo não transparecia a imensidão de seu espírito, ou talvez, ele quisera assim. Desde sua infância. Ele planejou tudo, desde seu jeito não tão comum de se expressar e de agir, à forma como seu corpo se movia, que seus olhos, nariz, orelhas e boca se agitavam em um complexo imperfeito; até mesmo sua voz estranha e desagradável. Ele projetou seu corpo de forma a mostra-se um tolo, um idiota, um ser detestável, para que assim as pessoas não percebessem o seu real eu.
E esta não foi sua única preposição, ele se projetou desde o início para que as pessoas não vissem, para que as pessoas não compreendessem a Verdade ali escondida. Naquele ser de extrema estranheza, de palavras gentis e gestos bondosos, unidos a uma educação quase única faziam daquele ser um espécime humano notável. Seu excesso de Humanidade esconderia a loucura que ali estava, que há muito Jazia.
E não que não pudesse, como em um devaneio insano, dominar o mundo: ele poderia. Mas é que ele não queria. Bastava para ele saber e sentir, saborear e se divertir com tudo aquilo. Ele apenas desejava sentir os sabores que aquele mundo aparentemente normal, mas, que na mais profunda verdade, era distorcido e manipulado, poderia lhe oferecer. O Sabor? O melhor de todos. Era agridoce, era diferente de tudo que ele já provara: era bom. E aquele era um sabor que ele não gostaria de abandonar, ainda não.
Mas como ele já cansara de repetir, no dia que se tornar chato, habitual e aqueles sabores se perderem: ele iria, sem pensar duas vezes, abandonar aquele mundo. Viver novas experiências, provar novos sabores. Contudo até lá, só restava a ele se divertir e saborear, juntos com aqueles “amigos” previamente e seletamente escolhidos. Aqueles que seriam tudo o que ele queria, aqueles que cresceriam em sua escuridão, aqueles seus amigos.
E o mais engraçado naquele ser, era o fato de saber o seu poder. Até onde poderia chegar, escondido em um falto altruísmo, em uma falsa humildade, assim como em uma falsa arrogância, ele se permitia deleitar-se sobre aquela realidade manipulada. E o que mais lhe agradava, era o fato de ninguém se quer imaginar tudo aquilo que se passava.
Aquele ser, cujos olhos transpareciam o mais profundo mal, jamais seria percebido. Ele fazia de sua verdade algo inconsequente algo que jamais poderia e seria notado. Não sem que ele interferisse, não sem ele se definir, sem ele explicar e sem ele demonstrar. Mas o que ele realmente adorava era o fato de poder se mostrar, e mesmo assim não ser notado. Ele praticamente gritava, e as pessoas não percebiam. Seja por não querer entender, seja por serem incapazes de entender. No fim, aquele ser apenas sabia: aquele mundo à ele nada interessava e logo, logo estaria acabado.

Afinal, em breve tudo estaria concluído.

11 de outubro de 2012

Poesia Repentinamente Perdida


E como foi belo!
Ah, como foi!
Pude sentir,
Pude saborear
Pude Ver
Puder Ouvir
Mas também pude me iludir.
Ah! Foi belo.
Ah! Foi insano.
Ah! E como foi.
E o que Quero!?
Apenas Sentir,
Apenas me Iludir,
Apenas saborear.
Tudo o que quero
Já tenho aqui!

Onde foi que Perdi?

Quando foi que Esqueci?
Apenas gostaria
Apenas sonharia
Apenas Queria
Poder me lembrar
Ah, onde será?!

Onde será que Perdi?


O Sexo, O Dinheiro e o Álcool: Os três “Prazeres” e Eu




Acredito que seja do conhecimento de alguns que sou Celibato e Casto. Antes de mais nada, explico brevemente o que é ser “celibato e casto”. Em minha concepção, e apego-me a minha exclusivamente e não a de ninguém, ser Celibato é privar-se de qualquer tipo de relacionamento sexual, assim como manter-se solteiro. Já no caso da castidade, isto reforça esta concepção, porém com a ideia de que devo manter-me Virgem. Ou seja, indiferente a minha opção sexual, na prática sou Assexuado.
Obviamente, não é lá muito comum (ao menos eu acho que não) ver pessoas que se abstêm de relações sexuais em plena juventude, especialmente quando os jovens/crianças de hoje tem uma sexualidade excepcionalmente ativa. Com base neste mesmo pensamento chega-se a conclusão mais óbvia possível: por que você decidiu se tornar celibato e casto?
Essa é uma pergunta muito interessante, e que só me foi feita duas vezes, e por coincidência nos últimos 15 dias. Geralmente, as pessoas simplesmente aceitam, mas não buscam entender. Mas devido a essas dúvidas incomuns decidi fazer este post.
Veja bem, em sou quase literalmente uma oposição natural aos denominados três “prazeres” ou os três “Pecados”, como preferir chamar. Sou uma oposição natural ao Sexo, Álcool e Dinheiro. Esses três elementos seja individualmente ou em conjunto tem o dom de rebaixar o Ser Humano. Eles são capazes de mostrar o pior de nós, o pior de nossa natureza. Eles são capazes de mostrar o nosso Mal.
E por mais que pareçam conclusões óbvias (e são!) a medida que fui crescendo fui cada vez mais e mais observando a escuridão destas coisas, e o quão sórdidas elas podem ser. Fui presenciando de diversas formas o quão destrutivas podem ser, o quão assustadoras e Dominadoras elas são. A medida que via, me enojava cada vez mais e mais delas, mas não apenas delas! Me enojava também de quem as consumia, de quem as utilizava. De quem, se perdia.
Com o tempo, passei a rejeitá-las, a Odiá-las, tanto as pessoas, quanto os prazeres. Com o tempo, optei por me privar dessas coisas. Optei por viver uma vida sem elas. Optei por Viver uma vida sem:

“Nunca Beber. Jamais Viver por Dinheiro. E onde Sexo seria Apenas Por Amor”.

Minha aversão a estes “pecados” foi a cada dia aumentando. Ver pessoas se perderem em meio a elementos que compõem a vida é realmente problemático. O Dinheiro deveria lhe ajudar a viver, mas as pessoas vivem por ele. Sexo deveria ser sinônimo de amor, confiança e coisas assim, e que me perdoe o excesso de “cafonice”, mas hoje em dia sexo é sinônimo de tudo, menos de amor. A bebida então?! Destrói lares, destrói a razão e faz com que as pessoas vivam baseadas em um vício.
Com o tempo, é claro, minha visão de mundo foi mudando. Antes de julgar precipitadamente eu tentei, de certa forma, ter contato com estes no intuito de achar uma “razão” por trás deles. E sinceramente, há. Porém, ainda assim, não se justifica. É perfeitamente cabível e compreensível utilizar um desses três elementos como fuga da nossa infeliz realidade a qual vivemos, mas em algum momento devemos retornar a ela, por pior que seja.
E reforço: eu passei a entender essas pessoas, eu passei a entendê-las sinceramente. Porém ainda assim, não acho que justifique. Contudo, cheguei a conclusão que se por algum eventual motivo eu quebrasse minha promessa eu estaria bem comigo mesmo. Afinal eu entendia aquilo. Eu sabia o porquê das pessoas se perderem naquele mundo de prazeres e diversão.
Mas mesmo assim, não vejo nenhuma situação por mais equivocada e estranha que possa parecer em que eu rompa minha promessa. É justamente o contrário, a cada dia minha fé em minha promessa só aumenta. Eu vou amando mais e mais meu estilo de vida. Mas amo acima de tudo os meus três ideais básicos:

Viver pelo Conhecimento. Tonar das existências “Fracas” Fortes. E principalmente, Trazer Ordem a Partir do Caos.

Basicamente é isso. A forma que eu encontro de Viver é buscando meu conhecimento, meus amigos, meus amores, meus ideais. Vivendo em prol do que amo e da forma como escolhi viver. E não é como se minha vida fosse perfeita. Ela não é. Não venho família rica, como você pode pensar erroneamente, venho de família pobre. Tenho milhões de problemas como todas as pessoas. Então não quero me fazer de superior ou o certo, ou qualquer merda assim. Da mesma forma que não gosto da humildade, detesto a arrogância. Entende?
Então eu meio que vivo. Tudo o que passei e que passo, e acredite, não é pouca coisa: fazem-me assim. Me dão a força necessária para manter e lutar pelos meus Ideais. A força necessária para ajudar a mudar esse mundo, por mais insignificante que seja. E meio que isso sou “eu”.

Só tento viver à minha maneira distorcida, a maneira à lá Victor Said. Apenas tento Viver. Apenas isso.

30 de setembro de 2012

O Ministério - Capítulo 1: Parte 3



Três dos treze triângulos estouraram ao meio, porém os círculos mantiveram-se intactos. Victor olhou atônito àquela cena. Ele acabará de usar um poderoso encantamento. Por mais que não parecesse, aquela magia de libertação era capaz de estraçalhar quaisquer que fosse o selamento, mas aquele era diferente: ele manteve-se. Ou será que não? Aguçando seus olhos em meio à escuridão ele visualizou uma pequena rachadura nos três círculos, isso foi o suficiente para que ele conjur...
-     Scorpion. Dark Lucius. Elizabeth. – Não! Não foi o suficiente. Gato Negro havia previsto aquele movimento! Enquanto Victor se preocupava em destruir o contrato ele já havia efetuado a invocação de três de seus Ministros Santos. E não eram quaisquer Ministros. Eles eram os três Ministros mais fortes. Eles eram superiores de outros seis Ministros. Eles eram conhecidos como a Elite de Guerra do Ministério. Eles eram a Guarda Pessoal de Gato Negro.
E por mais que soe como uma loucura: Victor não deixou de conjurar seu encantamento. Pelo contrário! Ele continuou com a maior calma do mundo. Parecia até que tudo até ali fora uma muito bem pensada armação. Sua antiga face desesperada, agora estava calma, aliás, calma não é o adjetivo correto. Correto seria dizer que sua face transparecia a segurança e determinação do mais convicto dos humanos. O baiano sabia que agora seu mais ousado devaneio poderia tornar-se verdade. E por mais que ele soubesse que as chances de dar certo eram quase nulas: ele iria prosseguir. Não importava o sacrifício necessário, fosse sua vida ou de sua Guarda, seu plano deveria se concretizar.
-     A Quebra. A Troca. A Razão. Os conceitos outrora desvendados se tornam enigmáticos. Como em um devaneio: eu inverto, eu troco, eu oponho. Desequilíbrio Celeste! Venha minha Guarda Pessoal: LILITH! IBIS! Eu os invoco!
-     Em pensar que você usaria uma invocação completa para chamar sua Guarda Pessoal. Parece que ainda não há uma ligação forte o suficiente entre vocês. Invocação Total. – A elegância na voz de Gato Negro era notável, mas a sua calma era o que mais chamava a atenção. Ao término de sua frase aconteceram diversas coisas no mesmo instante. Naquele instante seguiram-se os seguintes fatos:
A Lua se mostrou e esta estava cheia. E como estava! Parecia que ela sabia daquele evento sobrenatural, aquele evento que mudaria as vertentes daquele Universo, se não do Todo. Seu brilho irradiou Gato Negro e Victor, mas não apenas estes. Ao lado de Gato Negro haviam três, enquanto ao lado de Victor haviam dois. Sob o brilho de tamanha lua cheia aquele momento pareceu único, todos os seis estavam agora iluminados por aquela belíssima luz prateada.
Victor agora em pé sobre o Elevador Lacerda era iluminado de forma majestosa, ao seu lado direito estava Lilith, enquanto do lado esquerdo estava Ibis. Os três de pé sobre o grande elevador observando seus inimigos suspensos no ar. A Cidade Baixa agora estava tão movimentada, pessoas e mais pessoas seguindo seu rumo. A grande maioria voltando para casa, enquanto uma pequena parcela ia aos seus trabalhos, mas ambas sem saber o que estava acontecendo naquele momento. As vertentes do Universo estavam prestes a mudar, e eles lá, apenas seguindo seus rumos preocupados apenas com seus pequenos problemas.
A natureza estava decidida a colaborar com aquele evento, tudo naquela noite estava girando ao redor daquele momento único: sincronismo. Essa era a palavra, parece que o dia, a hora e o local fora agendado não entre os Ministros e Ex-Ministros, mas sim com a natureza, que hoje decidirá ser a grande responsável pelos efeitos sonoros visuais. A Lua agora ainda maior iluminou com força o ambiente, enquanto o vento rugia violentamente fazendo cabelos voarem.
Eles finalmente se encararam.