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23 de março de 2013

O Fim



Haviam, aliás, há em mim tantas memórias vivas
Tantos mares infinitamente densos
Tantas correntes inquebráveis
Tantas palavras poderosas
Tantas máscaras incontáveis e intermináveis
Tantos fatos guardados
Tantos sentimentos trancafiados
Tantas cicatrizes que jamais esquecerei
Tantos momentos de um silêncio tão gritante
Tantas soluções sem aplicações
Tantos momentos acompanhados da solidão
Tantas Verdades falsas, ou falsas verdades
Tantas “palavras” manipuladas pela “verdade”
Tantos erros insana e incessantemente cometidos
Tantos traços de história (ou estórias) jamais vividas
Tanta coerência incoerente, aliás, incoerente coerência
Tantos olhos maliciosos com vozes tão surdas
Tantas Sagas interminadas
Tantos Fins.
Fora um abismo criado por seu Deus (Eu[?]) para trancá-lo pelo tempo infinito em seu paraíso solitário. Havia tanta razão. Tanta coerência. Havia, finalmente, não uma solução, mas sim respostas. Foi de fato necessário trancá-lo no fundo de sua alma. Na maior de suas introspecções. Assim e só assim seria ele capaz de entender o abismo escuro de seu ser. Sua escuridão, seu mal, seu ego. Seu Eu.
Aquele ser, desde sempre, estivera condenado a si mesmo. Condenado ao que era, ao que seria. Ao que foi. Alma. Ele havia se entendido, aos seus mares e marés, abismos, correntes, máscaras, falas, palavras, silêncio.

Finalmente ele estava bem consigo mesmo.

Aquele era Ele.
Aquele era Eu.
Aquele era Você.
Aquele era...

...Victor Said.
Ao Menos,
 Por Algum tempo.



E foi assim, que este Devaneio Inconstante chegou ao Fim.




Victor Said,

Em uma Quinta-Feira qualquer, de um dia qualquer, em uma hora qualquer do dia 07 de Fevereiro de 2013 definiu este Incompleto e Prematuro Fim.

11 de novembro de 2012

O Ministério - Capítulo 1: Parte 6



Victor, Lilith, Ibis. Estes eram os três traidores e os três responsáveis por todo aquele conflito. Um plano. Tudo aquilo se resumia a um plano, um simples plano. Talvez não tão simples assim, porém um plano tão problemático e complexo que mudaria as vertentes daquele Universo.
Ibis, o Braço Esquerdo de Victor, era alto, possuía 1,88 de altura. Era relativamente forte, mas especialmente nos braços possuía músculos bem definidos. Sua pele era branca, mas levemente bronzeada. Sua expressão era quase sempre fechada, mas quando ao lado de pessoas amadas e em condições propícias mostrava-se uma excelente companhia. Adorava escutar história, e ponha adorar nisso. Não se preocupava em pensar, apenas seguia seu instinto, o que o difere muito de seus companheiros.
Por não se preocupar com pensamentos, vive observando as pessoas, este era como um hobby, mas um que ele jamais se cansara de praticar. Mas deixando de lado o seu ser, atentemo-nos a sua aparência. Seus olhos cor de mel estavam muito bem contornados por maquiagens egípcias usadas por faraós. Elas deixavam-no ainda mais belo. Seus cabelos castanhos estavam bagunçados, como sempre. Usava uma fina tiara de ouro maciço em sua cabeça, exatamente no meio da testa havia um pequeno pingente em forma de águia representando a deusa Isis; seu olhar, já costumeiro, estava desleixado. Seu ombro esquerdo carregava a grande alça que prendia a sua, ainda maior, espada.
Cleópatra, este era seu nome. Uma grande espada com bem mais que dois metros, na verdade, ela era tão grande que quase era o dobro de seu dono. Sua lâmina era negra, totalmente trabalhada em detalhes que variavam entre o branco e prata, havia no centro, cortando-a verticalmente, uma grande linha sem bordas definidas e completamente inconstante que variava continuamente. Ora formando ramos que a atravessavam até sua outra face, ora retornando a sua face original, ou ainda se desfazendo por completo e formando os detalhes mais belos que uma espada era capaz de possuir.
Aquele efeito sobreposto à lâmina negra parecia um fluido metálico, e, diga-se de passagem, era um efeito e fluido belíssimos! Cleópatra era uma espada em forma de meia-lua, e para seu tamanho descomunal, sua largura era desproporcional, afinal ela era muito fina (em comparação a seu comprimento), algo entre 10 e 15 centímetros.
Quanto às roupas, eram igualmente egípcias. Havia uma grande túnica que se estendia a suas coxas em um movimento de abertura em “V”, sendo a túnica completamente revestida por dobras; o tecido não era liso, ele era completamente dobrado de forma a dar uma sensação de dualidade de cores. O bege se dispunha em tons claros e escuros.
A túnica, na verdade, não era bem uma túnica. Confesso que descrever tal peça é um tanto quanto problemático. Deixe-me tentar mais uma vez.
Imagine uma jaqueta. Esta jaqueta é bege. Ela não se fecha, deixando assim o peito e pernas expostos. Ela vai até metade da coxa. Seu movimento de crescimento é em “V”, como assim? Imagine que ela é reta até a cintura, mas à medida que desce em direção às pernas para a se estreitar em “V”. Essa “jaqueta” não é bem uma “jaqueta”. Afinal, jaquetas não vão até os joelhos (ao menos eu acho que não).
Tal peça era presa por um largo cinto branco e completamente trabalhada em estampas da mesma cultura, sendo suas bordas douradas. Sobre esta peça há uma, agora, túnica de fio de ouro extremamente leve e fina, que o cobre até os pés. Esta túnica torna sua roupa deveras elegante e bonita. Em seu baço há um bracelete de ouro que contrasta bem com seu tom de pele.
Mas há um detalhe que muito chama a atenção a cada vez que este fala: em sua língua parece haver uma espécie de símbolo. Em sua língua há cravado uma cruz egípcia, a cruz ansata, símbolo egípcio da vida eterna. Como explicarei outrora (ou não) Ibis foi presenteado por Anubis, o Deus da morte, com aquele símbolo no momento de sua morte, a fim de dar-lhes a vida eterna em um pacto de vingança e obediência.
Indiferente a sua história, aquele era Ibis, o braço esquerdo de Victor: o homem que ele mais confiava.

30 de outubro de 2012

Uma Noite Diurna - Por que tudo é tão Cinza?


O Mundo Hoje Parece tão Cinza. Me parece que as cores se esvaíram... Aliás, esta é uma verdade: elas sempre se esvaem. É tão rápido e forte. Tão desajeitado e frio. Às vezes dói, mas às vezes acalma. Eu realmente não sei, mas este mundo ele parece tão cinza.
As cores vêm e voltam, como sempre fizeram, se perdendo e se esvaindo. Há, afirmo-te, é belo! Não que de todo seja ruim, pois não é. Até, muitas vezes, me agrada. Faz-me reflexivo, pinta meu mundo de novas cores. Mas outras, é engraçado, ele me faz triste, depressivo. Mas como um todo: é diferente.
O Mundo Cinza me traz sentimentos diferentes de tudo que já senti, e não é algo habitual, ele apenas surge e quando surge: BAM! Ele me faz ver as coisas de outra forma. É agradável, e muito. É tão profundo... É tão profano... é um sentimento indescritível. Não estou nem bem, nem mal. Nem muito feliz nem muito triste. E muito menos estou normal. Apenas é uma parcela, extranha (sim, com x) parcela de meu eu que busca incessantemente uma introspecção na noite diurna.
É engraçado, e como é, se ver em um humor que lhe é cara e assim sendo não o é. O Mundo Cinza faz de mim sério, reflexivo e compreensível. Ao mesmo tempo em que me retira a graça e aplica a seriedade incaracterística de meu ser. Tudo se resume a uma fase de espírito, há um mundo (mais um deles) onde sou apenas mais um deus pagão, um mundo onde busco a reflexão, a loucura e a perdição. Onde só posso encontrar a razão. Em meio a uma tormenta de paradoxos, de loucuras, insanidades e devaneios. É tão louco, que de louco se torna belo.
E não que a loucura não seja bela, mas apenas sei que quero, mais uma vez, me perder neste mundo sem cores. Onde a luz não tem vez. Quem dera poder, e olhe que haveria de querer, no fim, este nada mais é do que um, dos muitos, inconstantes e devaneantes humores deste infeliz autor.

29 de outubro de 2012

A Profana Lua Que À meus Olhos Alitera

Sob o brilho da Loucura
Profano a Solidão
Não sei mais se posso encontrar a Razão
À Muito me perdi
E por isso me Iludi
Mas que faça do meu mundo a sua perdição!
Oh, Nostalgia do Destino
Irrefutável Noite fúnebre
A Lua me Olha com tão belos olhos
As lágrimas caem
O Desespero grita
É tamanho que nem posso ouvir
Só sei! E como sei!
Que não mais poderei resistir
Ah, a beleza do profano me instiga
É nostálgico, constrangedor e sujo
Torne-me a aliteratura do seu fim!
E que me perdoem o neologismo
A Aliteratura de meu ser, enobre: enegrece: e apodrece o meu querer!
Enfim este foi um fatídico fim.

27 de outubro de 2012

Quando será que Perdi?


À medida que Vivo
Perco os Sentidos
É Engraçado Notar
Friamente Vago
Tortuosamente Ando
Raramente Escuto
Às vezes Enxergo
Nem sempre Falo
Adoraria Cantar
Mas quando Percebo,
Só o que Vejo
É a beleza
A beleza de um Mundo
Que não posso Enxergar
Quem dera eu Pudesse
Quem dera me Permitissem
Quem dera eu Fosse
Quem dera eu Queresse
Apenas Gostaria
Apenas Sonho
E só no sonho Fico
Adoraria
Recuperar meus Sentidos...
(?)

O Ministério - Capítulo 1: Parte 4


Peço que me perdoem pelo tempo sem postar... Acabei cometendo um errinho. Pensei que já estava no final do capítulo por aqui, mas na verdade ainda falta algumas coisas. Duas ou três partes antes de concluir o capítulo 1. Ah, aproveito para notificar que depois que concluir o cap 1 vou dar um tempo nas postagens d'O Ministério, porque estou sem tempo de mexer nele. Enfim, espero que gostem. Boa leitura. =D

Capítulo Um: A Chegada - Parte 4


Ao lado de Gato Negro três pessoas. Dois homens e uma mulher. À sua direita um homem alto com pouco mais de 1,90 metros. Sua pele era morena, seus olhos castanhos claros. Seu cabelo? Um moicano pontiagudo completamente negro, sendo que aquela era a única parte que possuía cabelos naquela cabeça quase completamente careca. Estava sem camisa, com uma calça larga e confortável de cor branca, que assumia uma extensão cônica: nos tornozelos era fina, porém à medida que subia pela canela se tornava larga, até alcançar a cintura, a qual era presa por uma corda. Suas roupas lembravam muito às de um capoeirista, apesar de suas calças serem bem mais largas.
Sob aquela luminescência seus músculos muito bem definidos pareciam ainda mais belos. O abdômen mostrava o resultado de um árduo e trabalhoso treinamento, assim como seus braços, pernas e peitos. Cada centímetro de seu corpo mostrava-se muito bem definidos e trabalhados. Era óbvio o quanto este homem prezava por seu corpo, mas é claro que nem tudo são flores. Havia também cicatrizes, e como havia. Algumas menores, já outras maiores. Mas uma que muito chamava a atenção era um corte horizontal em sua bochecha esquerda. Digamos que era como um “charme a mais” naquele espécime belíssimo e muito bem trabalhado. Falando em charme, não podemos esquecer a esmeralda em formato de losango que jazia em sua orelha direita.
Enquanto na direita de Gato Negro havia um homem alto e corado, à sua esquerda o caso era um pouco diferente, aliás, muito diferente. Havia lá homem um pouco mais baixo, este tinha 1,78 metros e possuía uma pele alvíssima, lembrava até um defunto de tão pálido. Seus olhos eram azuis, azuis como o mar ao receber os raios solares matinais, porém eram calmos como um lago, mas um lago muito, muito, muito parado. Sua face era de uma beleza diferente, ao mesmo tempo em que ele parecia ser triste e melancólica, sua expressão demonstrava um desinteresse extremo no que quer que estivesse a ocorrer ali. Seus cabelos iam até metade de suas orelhas, sendo loiros e extremamente lisos. Tão lisos que desciam até suas orelhas perfeitamente, sem um único fio rebelde. E possuía uma franja de meia lua que cobria toda a sua testa, chegando bem perto de cobrir seus olhos.
Usava uma luva branca e justa, o detalhe que mais chamava atenção era a costura negra que, apesar de estar em sua palma, chamava muita atenção por envolvê-la formando um símbolo. Aquele símbolo estava em suas luvas, capa e túnica. Aquele símbolo parecia ter um valor místico profundo, ou quem sabe era apenas um símbolo particular aquele Ministro, fosse como fosse, aquele símbolo estava claramente estampado nas vestes daquele homem cujos olhos lembravam os de um peixe morto.
O ser pálido desprovido de expressões vestia uma túnica branca e sem detalhes, apenas o símbolo que estava disposto em suas costas. Era folgada e moldava bem em seu corpo, além de parecer um paciente saído de um necrotério com aquelas roupas, ele estava descalço e usando uma capa, que, aparentemente, servia apenas para diminuir o frio, e mesmo assim havia momentos que ele parecia tremer intensamente, ou seria apenas impressão?
De toda forma, sua expressão morta e melancólica unida àquela roupa que descia até seus pés descalços, cobrindo todo o seus pálidos braços que terminavam de encontro com aquelas luvas brancas e grossas muito bem desenhadas, fazendo dele um ser, no mínimo, macabro, afinal um dos Três Ministros Santos ter uma aparecia tão decrepita era um tanto quanto estranho, mas é como dizem: “não se deve julga o livro pela capa”. Se ele estava ali como um dos Três Mais Fortes, motivos haviam, e por mais que não venha a acreditar: recomendo que o faça. Pois aquele era Dark Lucius, o Senhor das Trevas.

26 de outubro de 2012

Quem Dera Querer



Eu quero...
E como quero!
Mas não sei o que quero.
Apenas quero.
E como quero!
Mas querer o que não existe
O que não tenho
O que não sei
O que querer?
Eu queria querer,
Querer alguma coisa
Queria ter algo querido
Mas que me queresse
É querido, querer querer?
Ah, quem dera
Quem dera querer
Querer o vazio
A solidão
A Luxúria do Saber
Queria querer
Querer o querido
O querido querer.
Mas quem dera eu quisesse
Enfim,
Alguém quis entender?

25 de outubro de 2012

Palavras Verídicas de uma Crônica Aleatória

Era Inegável aquele ser sua falta de beleza. Seus olhos transpareciam uma calma, um poder, gentileza e paz. Mas em seu íntimo carregavam um mal tão grande que poderiam, com um simples olhar, repelir toda a luz, e que me perdoem a colocação, seu poder de repelir a luz era quase assustador. Por mais que parecesse um espécime de perfeita bondade, um homem ético e digno, seus amigos, que é que poder-se-ia chamar aqueles seres de “amigos”, eram tão obscuros quanto ele. Mas claro, tudo expresso na mais profunda ilusão de um ser bondoso.
Era igualmente inegável a força com que tornavam as ilusões e mentiras que construía nas mais absolutas e inquestionáveis verdades. Ele era capaz, e como era, de distorcer a tudo e a todos. A realidade para ele era como uma massa de modelar, poderia (e deveria!) ser moldada a sua maneira. Moldada aos seus olhos, aos seus obscuros olhos. O mundo parecia ser o parque de diversões que ele, em seu íntimo explícito, sempre desejara brincar.
E por mais que seus pacíficos e tenebrosos olhos fossem de um castanho escuro único, seu corpo não transparecia a imensidão de seu espírito, ou talvez, ele quisera assim. Desde sua infância. Ele planejou tudo, desde seu jeito não tão comum de se expressar e de agir, à forma como seu corpo se movia, que seus olhos, nariz, orelhas e boca se agitavam em um complexo imperfeito; até mesmo sua voz estranha e desagradável. Ele projetou seu corpo de forma a mostra-se um tolo, um idiota, um ser detestável, para que assim as pessoas não percebessem o seu real eu.
E esta não foi sua única preposição, ele se projetou desde o início para que as pessoas não vissem, para que as pessoas não compreendessem a Verdade ali escondida. Naquele ser de extrema estranheza, de palavras gentis e gestos bondosos, unidos a uma educação quase única faziam daquele ser um espécime humano notável. Seu excesso de Humanidade esconderia a loucura que ali estava, que há muito Jazia.
E não que não pudesse, como em um devaneio insano, dominar o mundo: ele poderia. Mas é que ele não queria. Bastava para ele saber e sentir, saborear e se divertir com tudo aquilo. Ele apenas desejava sentir os sabores que aquele mundo aparentemente normal, mas, que na mais profunda verdade, era distorcido e manipulado, poderia lhe oferecer. O Sabor? O melhor de todos. Era agridoce, era diferente de tudo que ele já provara: era bom. E aquele era um sabor que ele não gostaria de abandonar, ainda não.
Mas como ele já cansara de repetir, no dia que se tornar chato, habitual e aqueles sabores se perderem: ele iria, sem pensar duas vezes, abandonar aquele mundo. Viver novas experiências, provar novos sabores. Contudo até lá, só restava a ele se divertir e saborear, juntos com aqueles “amigos” previamente e seletamente escolhidos. Aqueles que seriam tudo o que ele queria, aqueles que cresceriam em sua escuridão, aqueles seus amigos.
E o mais engraçado naquele ser, era o fato de saber o seu poder. Até onde poderia chegar, escondido em um falto altruísmo, em uma falsa humildade, assim como em uma falsa arrogância, ele se permitia deleitar-se sobre aquela realidade manipulada. E o que mais lhe agradava, era o fato de ninguém se quer imaginar tudo aquilo que se passava.
Aquele ser, cujos olhos transpareciam o mais profundo mal, jamais seria percebido. Ele fazia de sua verdade algo inconsequente algo que jamais poderia e seria notado. Não sem que ele interferisse, não sem ele se definir, sem ele explicar e sem ele demonstrar. Mas o que ele realmente adorava era o fato de poder se mostrar, e mesmo assim não ser notado. Ele praticamente gritava, e as pessoas não percebiam. Seja por não querer entender, seja por serem incapazes de entender. No fim, aquele ser apenas sabia: aquele mundo à ele nada interessava e logo, logo estaria acabado.

Afinal, em breve tudo estaria concluído.

30 de setembro de 2012

O Ministério - Capítulo 1: Parte 3



Três dos treze triângulos estouraram ao meio, porém os círculos mantiveram-se intactos. Victor olhou atônito àquela cena. Ele acabará de usar um poderoso encantamento. Por mais que não parecesse, aquela magia de libertação era capaz de estraçalhar quaisquer que fosse o selamento, mas aquele era diferente: ele manteve-se. Ou será que não? Aguçando seus olhos em meio à escuridão ele visualizou uma pequena rachadura nos três círculos, isso foi o suficiente para que ele conjur...
-     Scorpion. Dark Lucius. Elizabeth. – Não! Não foi o suficiente. Gato Negro havia previsto aquele movimento! Enquanto Victor se preocupava em destruir o contrato ele já havia efetuado a invocação de três de seus Ministros Santos. E não eram quaisquer Ministros. Eles eram os três Ministros mais fortes. Eles eram superiores de outros seis Ministros. Eles eram conhecidos como a Elite de Guerra do Ministério. Eles eram a Guarda Pessoal de Gato Negro.
E por mais que soe como uma loucura: Victor não deixou de conjurar seu encantamento. Pelo contrário! Ele continuou com a maior calma do mundo. Parecia até que tudo até ali fora uma muito bem pensada armação. Sua antiga face desesperada, agora estava calma, aliás, calma não é o adjetivo correto. Correto seria dizer que sua face transparecia a segurança e determinação do mais convicto dos humanos. O baiano sabia que agora seu mais ousado devaneio poderia tornar-se verdade. E por mais que ele soubesse que as chances de dar certo eram quase nulas: ele iria prosseguir. Não importava o sacrifício necessário, fosse sua vida ou de sua Guarda, seu plano deveria se concretizar.
-     A Quebra. A Troca. A Razão. Os conceitos outrora desvendados se tornam enigmáticos. Como em um devaneio: eu inverto, eu troco, eu oponho. Desequilíbrio Celeste! Venha minha Guarda Pessoal: LILITH! IBIS! Eu os invoco!
-     Em pensar que você usaria uma invocação completa para chamar sua Guarda Pessoal. Parece que ainda não há uma ligação forte o suficiente entre vocês. Invocação Total. – A elegância na voz de Gato Negro era notável, mas a sua calma era o que mais chamava a atenção. Ao término de sua frase aconteceram diversas coisas no mesmo instante. Naquele instante seguiram-se os seguintes fatos:
A Lua se mostrou e esta estava cheia. E como estava! Parecia que ela sabia daquele evento sobrenatural, aquele evento que mudaria as vertentes daquele Universo, se não do Todo. Seu brilho irradiou Gato Negro e Victor, mas não apenas estes. Ao lado de Gato Negro haviam três, enquanto ao lado de Victor haviam dois. Sob o brilho de tamanha lua cheia aquele momento pareceu único, todos os seis estavam agora iluminados por aquela belíssima luz prateada.
Victor agora em pé sobre o Elevador Lacerda era iluminado de forma majestosa, ao seu lado direito estava Lilith, enquanto do lado esquerdo estava Ibis. Os três de pé sobre o grande elevador observando seus inimigos suspensos no ar. A Cidade Baixa agora estava tão movimentada, pessoas e mais pessoas seguindo seu rumo. A grande maioria voltando para casa, enquanto uma pequena parcela ia aos seus trabalhos, mas ambas sem saber o que estava acontecendo naquele momento. As vertentes do Universo estavam prestes a mudar, e eles lá, apenas seguindo seus rumos preocupados apenas com seus pequenos problemas.
A natureza estava decidida a colaborar com aquele evento, tudo naquela noite estava girando ao redor daquele momento único: sincronismo. Essa era a palavra, parece que o dia, a hora e o local fora agendado não entre os Ministros e Ex-Ministros, mas sim com a natureza, que hoje decidirá ser a grande responsável pelos efeitos sonoros visuais. A Lua agora ainda maior iluminou com força o ambiente, enquanto o vento rugia violentamente fazendo cabelos voarem.
Eles finalmente se encararam.

20 de setembro de 2012

O Ministério - Capítulo 1: Parte 2



Victor encarou Gato Negro fixamente. Seu olhar agora beirava a irritação, seu coração batia de forma acelerada, suas mãos suavam, cada célula de seu corpo gritava pelo sangue de Gato Negro, mas ele sabia que não podia perder o controle, pois perder o controle seria a maior falha contra aquele gênio da manipulação. Retomando o controle sobre si mesmo, olhou bem fundo nos olhos de Gato Negro e falou:
-     Pois que hoje, não apenas sua alma irá sofrer, mas a sua carne também, Gato Negro, Ministro Universal Mor. Se prepare, pois hoje será o dia da sua deposição do cargo que vem ocupando desde sempre. – O clima ameno de antes, agora estava se tornando completamente hostil. O ar ao redor transbordava de energia, energia dispersa de forma intensa por Victor que agora se punha em posição de defesa, e de forma calma e controlada pelo ser negro. Gato Negro olhou uma última vez, encarando-o, e com um suspiro disse:
-     Que assim seja, sua decisão está tomada, espero que não se arrependa, Victor. – Era muito raro aquele homem chamar outros indivíduos pelo nome, eram sempre através de adjetivos, pronomes ou o que fosse. Chamá-lo pelo nome era uma demonstração clara da criticidade da situação. – Retenção Apocalíptica. O Chamado Ministerial. – Sussurrou o Ministro.
Como em um passe de mágica surgiram ao redor de Gato Negro treze triângulos 2D, cada um contendo um grande círculo completamente fechado e com cores especificas. À medida que os círculos se materializavam – o que levou não mais do que 1 segundo –, iam surgindo números e ao lado dos números nomes.
O Chamado de Gato Negro havia funcionado. Atrás deste, os trezes triângulos se organizaram de forma a representar um segundo triângulo maior, porém não tão uniforme quanto um triângulo de fato. Ele possuía pontas e espaços vazios que formavam outros triângulos, mas não triângulos como os outros, triângulos invertidos. O grande triângulo de pontas estava agora completo. Os treze nomes. Os treze números. Victor encarou-o, agora sério. Contudo, sua seriedade não vinha por medo, mas sim pelo o que via.
Dentro daqueles círculos, inscritos dentro dos triângulos estava inscrito o nome e número dos treze ministros e suas respectivas posições, indo do mais forte ao mais fraco, do menor ao maior. E l
01 – Sophie; 02 – Stefani; 03 – Christian; 04 – Sebastian; 05 – Esther; 06 – Luck; 07 – Ibis; 08 – Lilith; 09 – Elizabeth; 10 – Dark Lucius; 11 – Scorpion; 12 – Victor; 13 – Gato Negro.


-     O que o nosso nome faz aí?! – Gritou Victor, porém ao perceber a seriedade da situação disse, agora sussurrando: Droga. À medida que seus olhos encaravam aquele estranho triângulo ele percebia o inevitável: eles nunca deixaram de ser controlados por Gato Negro. Aquela era a união de duas técnicas: Retenção Apocalíptica e O Chamado Ministerial. Um objeto ou pessoa era prendida à outra,  isso era a Retenção Apocalíptica. Localizar, comunicar, monitorar, invocar. Esses eram alguns dos efeitos dessa técnica, e era justamente à ela que Victor e sua Guarda Pessoal estavam submetidos. – Libertação Utópica: a Quebra do Contrato! – Victor agora gritava, rezando para seu encantamento não fosse cancelado pelo outro – Décimo Segundo - Victor; Oitavo - Lilith; Sétimo – Ibis: Libertar!!!

14 de setembro de 2012

O Ministério - Capítulo 1: Parte 1


Opa, Opa! Minna! Venho trazer hoje mais uma capítulo de "O Ministério", porém parcialmente. Infelizmente os capítulos são relativamente grandes, então posta-los de uma única vez fariam dos posts cansativos e como sabem, este não é o objetivo, é justamente o contrário. Então, espero que se divirtam, semana que vem trago outro pedaço, Boa Leitura! =D
Capítulo Um: A Chegada



Era inerente há Victor lembranças daquele lugar. Quantas vezes já havia brincado ali? Quantas vezes já havia dormido enquanto observava as estrelas? Quantas vezes aquele local não foi testemunha de sua solidão? E quantas outras aquele local não serviu de refúgio para sua singular existência? Acredite, não foram poucas. Aquele era um local quase sagrado, tamanho o número de lembranças e sentimentos que ele carregava.
Os olhos de Victor brilhavam há cada vez que ele observava aquele horizonte, apesar de hoje não estava tão belo, pois apesar de já sob o crepúsculo, a lua havia simplesmente sumido, nenhum sinal desta era perceptível naquela imensidão azul. Parecia que ela estava se reservando para os grandes acontecimentos que estavam por vir. Mas se assim o fosse, o Destino estava a brincar, mais uma vez, aliás.
E de novo, Victor olhou para o horizonte uma vez mais, e por mais que olhasse e cansasse de olhar, aquela vista jamais deixava de agradá-lo. A sensação nostálgica que aquela visão lhe transmitia era extremamente satisfatória.
-     Ah, que Nostálgico. – Disse de forma melancólica o homem cujos cabelos somente as pontas eram vermelhas, mas todo o resto era branco, tão branco quanto a neve, porém tão luminescente quanto a Lua. Enquanto seus olhos brilhavam, Victor se aconchegou um pouco mais em sua cadeira improvisada: o Elevador Lacerda. Suas pernas estavam agora estiradas enquanto seus braços estavam apoiando o resto do corpo e sua coluna estava um pouco inclinada.
Houve uma breve brisa, seus cabelos foram suspensos de forma majestosa, o sol finalmente se pôs. O dia agora era noite. A cidade? Mais bela impossível. Os faróis dos carros iluminavam as ruas, enquanto os postes de energia buscavam fazer o mesmo e eram ajudados pelos prédios e casas que ali havia. Por um breve instante Victor sorriu, ajeitando seus cabelos e pondo uma mecha atrás da orelha e enquanto fazia isso disse: “Seja bem vindo, My Lord, aliás, Gato Negro”.
E após dizer isto, diante dele surgiu um homem alto, vestido dos pés a cabeça de preto. Seus cabelos eram negros, mas um negro profundo que transmitia uma escuridão quase profana. Mas obscuro do que todo o seu visual gótico, era a calma de seus olhos negros que pareciam engolir tudo aquilo que viam. Aquele era Gato Negro, O Ministro Universal.
Gato Negro, este era seu nome. O nome do Maior de Todos os Ministros Universais. O mais poderoso, o mais sábio, o mais inteligente, o mais forte, o mais rápido e o “mais” em tudo o que você puder imaginar. Gato Negro era sinônimo de Perfeição. Tudo nele era de um sincronismo extremo. Suas botas, altas e com um leve salto, vinham inscritas de forma quase invisível (talvez pelo fato das inscrições serem negras, mas um negro luminoso), eram símbolos mágicos e camadas densas de proteção que iriam impedir danos graves em suas pernas, ao menos, nas áreas protegidas por elas, ou será que não? Ele bem sabia que dependendo do inimigo este tipo de preparo era inútil. Provavelmente, este era o caso. Afinal seu inimigo, por mais que jovem, era formidável.
Sua calça era justa e igualmente negra e luminosa, parecia até uma única peça com a bota. Era possível ver a luminosidade emitida por pequenas letras e inscrições (ou seja lá o que fosse aquilo!), mas sua função era clara: proteger o usuário de danos graves. Usava uma camisa de manga, assim como todo o resto, tão justo quanto suas botas e calças. Na verdade, aquela roupa parecia muito com uma peça única totalmente inscrita de forma mágica e que se assemelhava muito com as roupas usadas por espiões. Mas sobre essa peça única havia um grande sobretudo que descia até seus pés. A cor? Negra e repleta de inscrições.
Seus cabelos negros e lisos iam até seus ombros e eram repicados, com uma franja diagonal que cobria um de seus olhos, sendo que sua franja era a única coisa reta em seu cabelo. Suas mãos estavam cobertas por luvas igual a todo o resto. Mas havia uma coisa que chamava mais atenção do que todo o conjunto negro, a única coisa que fugia a esse tom e que não poderia ser escondida: a cor rosada de sua face.
A única camada de pele visível parecia ser extremamente macia e fofa, dava até vontade de apertar, mas quando entrava em contraste com aqueles olhos, talvez  – um talvez com muita certeza – essa ideia fosse repelida tão rapidamente quanto à luz. Victor ainda sorria quando o Gato Negro o respondeu:
-     Obrigado, Victor. – Disse em um tom completamente cortês e com uma educação digna de um Lorde. Suas expressões, sua forma de falar, de agir, de respirar, tudo. Tudo naquele ser era onipotente. Ele transmitia uma segurança tão grande que dava até medo estar no mesmo local que ele. Sua presença era forte, decidida e gentil. Ele parecia ser um ser de outra dimensão, tamanho o porte e elegância contido nele. – Ainda persiste com essa ideia? Ou optou por um caminho mais ameno e menos doloroso para nós dois?
-     Para nós dois? – Falou com ar de desafio o, agora, desajeitado menino. (Desajeitado não por medo, mas sim porque comparar qualquer pessoa, por mais educada que seja, a Gato Negro, significava pô-la em um nível de quase grossura, tamanho o porte elegância do Ministro).

-     Inegavelmente. Para você em carne, para mim em alma. Não fazes ideia da dor que sinto ao ferir uma criança. Então meu menino, lhe imploro, desista dessa ideia imatura e deixá-lo-ei retornar ao local, de onde jamais deveria ter saído: o seu lar. – Victor sorriu ao escutar o que para ele era um disparate, apesar de soar estranho: aquilo era uma verdade. Gato Negro era tão velho quanto aquele Universo. Ele é conhecido por ser uma das “Obras Primas de Deus”, afinal foi Deus em pessoa quem deu vida à Gato Negro, após o Grande Conflito. Chamar Victor de criança era quase um elogio, mas, obviamente, não naquele momento.

11 de setembro de 2012

O Ministério: A Introdução


Capítulo Zero: A Introdução


Terra, Salvador, Elevador Lacerda – 25 anos depois

Victor, agora um homem, estava sentado sobre o Elevador Lacerda. A construção histórica foi inaugurada em 1873, tendo 72 metros de altura que ligava da Cidade Baixa à Cidade Alta, era inegavelmente um dos principais monumentos da Bahia, se não do Brasil, sua estrutura já foi reformada e reforçada diversas vezes, a forma a qual o vemos hoje é a de um “novo Elevador Lacerda”. Apesar da estrutura, no sentido construtivo, ainda ser a mesma. Mas o que realmente importa, é que para Victor aquele local era um dos seus preferidos, ali ele se sentia bem, muito bem.
À vista a 72 metros acima do solo possibilitava um relaxante natural aos olhos. Era estonteante ver toda a Cidade Baixa em um tom roseado, por estar em frente a um mar que se perdia no horizonte e que refletia um belíssimo pôr-do-sol era tudo o que este jovem rapaz desejava, aliás, era mais do que Victor havia pedido para aquela tarde amaldiçoada. A beleza era tão grande, que acabou fazendo-o esquecer o porquê de estar ali, mas infelizmente logo se lembrou.
Será que havia como esquecer? Victor estava no ponto de encontro marcado há exatos dois meses. E durante aqueles dois meses ele jamais esqueceu o porquê de estar ali, naquela hora e naquele local, local que ele mesmo escolhera. Aquele seria o ponto de encontro ideal para uma talvez visão final, aquele pub era o seu lugar mais amado e querido, fora o seu lar, que ficava logo as suas costas. Victor havia decidido que caso o que iria ser iniciado ali resultasse em fracasso, ao menos ele fracassaria ao lado das coisas que ele amava. Mas isso não irá acontecer. Tudo foi pensado meticulosamente, não há como haver falhas. Pensou ele. Mas a verdade seja dita: ele de fato não poderia falhar. Muita coisa estava em jogo para que houvessem quaisquer erros, por menores que fossem.
Depois daquele dia tudo seria diferente. O mundo seria diferente, a galáxia seria diferente, o Universo seria diferente. Por isso, falhas não seriam toleradas. Foram cinco longos anos pensando em tudo, do início ao fim, como as coisas seriam e como elas acabariam. Não seria agora, em um momento de extremo pessimismo que ele iria falhar. Não, não era apenas ele que não poderia falhar, eles, não poderiam falhar. E quando digo eles, falo de seu braço direito e esquerdo. Falo de sua Guarda Pessoal. Os dois, espere, os três, afinal Victor era um deles. Os três que foram considerados o fruto podre do Ministério estavam ali, reunidos mais uma vez, e nenhum deles poderia falhar. Nem Victor, nem Lilith, nem Ibis. Os três traidores. O fruto Humano. O Veneno Ministerial. Os três Ministros Santos Traidores.

5 de setembro de 2012

Uma Breve Reflexão




"Ei! Sorria... Mas não se esconda atrás desse sorriso...

Mostre aquilo que você é, sem medo.
Existem pessoas que sonham com o seu sorriso, assim como eu.
Viva! Tente! A vida não passa de uma tentativa.
Ei! Ame acima de tudo, ame a tudo e a todos.
Não feche os olhos para a sujeira do mundo, não ignore a fome!
Esqueça a bomba, mas antes, faça algo para combatê-la, mesmo que se sinta incapaz.
Procure o que há de bom em tudo e em todos.
Não faça dos defeitos uma distancia, e sim, uma aproximação.
Aceite! A vida, as pessoas, faça delas a sua razão de viver.
Entenda! Entenda as pessoas que pensam diferente de você, não as reprove.
Ei! Olhe... Olhe a sua volta, quantos amigos...
Você já tornou alguém feliz hoje?
Ou fez alguém sofrer com o seu egoísmo?
Ei! Não corra. Para que tanta pressa? Corra apenas para dentro de você.

Sonhe! Mas não prejudique ninguém e não transforme seu sonho em fuga.
Acredite! Espere! Sempre haverá uma saída, sempre brilhará uma estrela.
Chore! Lute! Faça aquilo que gosta, sinta o que há dentro de você.
Ei! Ouça... Escute o que as outras pessoas têm a dizer, é importante.
Suba... faça dos obstáculos degraus para aquilo que você acha supremo,
Mas não esqueça daqueles que não conseguem subir a escada da vida.
Ei! Descubra! Descubra aquilo que há de bom dentro de você.
Procure acima de tudo ser gente, eu também vou tentar.
Ei! Você... não vá embora.
Eu preciso dizer-lhe que... te adoro, simplesmente porque você existe."

Charles Chaplin

1 de setembro de 2012

...Sonhos...




...Sonhos...

Em um Sonho Fui Humano...
Deste último pouco me Lembro...
Me Pergunto o que terá acontecido para me deixado tão Feliz ao Despertar...
Neste Sonho apenas me lembro de ter encontrado o Amor...
Sonhei que Você me amava e não me enganava... Não Mentia...
Neste Sonho não era tão Odiado quanto Sou...
Neste Sonho haviam Dores, mas haviam Amores...
Neste Sonho não havia perdido aquele que Um Dia foi o meu Melhor Amigo...
Neste Sonho eu não era tão Desumano... Quanto Sou...
Neste Sonho eu não era 4... Eu era Apenas 1...
Neste Sonho eu era Livre... 
Livre para expressar quem Sou...
Sem Nenhum Preconceito... De me Idealizar...
Neste Sonho eu não havia Perdido a Capacidade de Sonhar...







(Será Que Isso Foi Um Sonho...?)