14 de março de 2013

A Sentinela da Noite



Fazia tempo
As pessoas já não notavam mais
Os olhos, já não mais encaravam
As vozes, já se calaram
O ar, já não pesava tanto.

Quando olhei nos olhos do abismo
Encontrei a beleza que faltava aos meus olhos
Eles brilhavam tanto quanto a lua
Mas eram tão solitários quanto o sol
Sua imensidão se equiparava ao vazio
A alma já estava em decadência.

Quando disseram que não havia escolha:
Ele escolheu escolher.

A fé, a vontade e a paixão
O medo, a loucura e a solidão
Ele não os renegou
Ele os abraçou
Ao amor, ao ódio; a tristeza e alegria
Ao paradoxo e o equilíbrio.

Não havia mais palavras, não havia mais poder.
Não havia mais sanidade, não havia mais determinação
Não havia por que, não havia mais como
Havia incerteza, havia insegurança
Havia Insanidade, havia mentiras
Havia Medo, e Trevas.

Quando olhou,

Nada poderia fazer, era o amor
O amor obsessivo
O amor medroso
O amor sem fim
O amor,
Apenas amor.

Sempre que olhasse a lua,

Perceberia a solidão, o vazio e a escuridão
Além da luz, da beleza e da compaixão
Mas também, o porquê e o o quê.
Seria o tanto faz, e o tanto fez.
Não queria saber, mas estava a viver.

O jogo da vida começou,
O resultado final seria a morte?,
O caminho é feito de escolhas,
E a consequência são os sentimentos,
Será por que não teria um por quê?
Ou será por que sempre houvera um por quê?

Jamais iria saber.