Acredito
que seja do conhecimento de alguns que sou Celibato e Casto. Antes de mais
nada, explico brevemente o que é ser “celibato e casto”. Em minha concepção, e
apego-me a minha exclusivamente e não a de ninguém, ser Celibato é privar-se de
qualquer tipo de relacionamento sexual, assim como manter-se solteiro. Já no
caso da castidade, isto reforça esta concepção, porém com a ideia de que devo
manter-me Virgem. Ou seja, indiferente a minha opção sexual, na prática sou
Assexuado.
Obviamente,
não é lá muito comum (ao menos eu acho que não) ver pessoas que se abstêm de
relações sexuais em plena juventude, especialmente quando os jovens/crianças de
hoje tem uma sexualidade excepcionalmente ativa. Com base neste mesmo
pensamento chega-se a conclusão mais óbvia possível: por que você decidiu se
tornar celibato e casto?
Essa
é uma pergunta muito interessante, e que só me foi feita duas vezes, e por
coincidência nos últimos 15 dias. Geralmente, as pessoas simplesmente aceitam,
mas não buscam entender. Mas devido a essas dúvidas incomuns decidi fazer este
post.
Veja
bem, em sou quase literalmente uma oposição natural aos denominados três
“prazeres” ou os três “Pecados”, como preferir chamar. Sou uma oposição natural
ao Sexo, Álcool e Dinheiro. Esses três elementos seja individualmente ou em
conjunto tem o dom de rebaixar o Ser Humano. Eles são capazes de mostrar o pior
de nós, o pior de nossa natureza. Eles são capazes de mostrar o nosso Mal.
E
por mais que pareçam conclusões óbvias (e são!) a medida que fui crescendo fui
cada vez mais e mais observando a escuridão destas coisas, e o quão sórdidas
elas podem ser. Fui presenciando de diversas formas o quão destrutivas podem
ser, o quão assustadoras e Dominadoras elas são. A medida que via, me enojava
cada vez mais e mais delas, mas não apenas delas! Me enojava também de quem as
consumia, de quem as utilizava. De quem, se perdia.
Com
o tempo, passei a rejeitá-las, a Odiá-las, tanto as pessoas, quanto os
prazeres. Com o tempo, optei por me privar dessas coisas. Optei por viver uma
vida sem elas. Optei por Viver uma vida sem:
“Nunca
Beber. Jamais Viver por Dinheiro. E onde Sexo seria Apenas Por Amor”.
Minha
aversão a estes “pecados” foi a cada dia aumentando. Ver pessoas se perderem em
meio a elementos que compõem a vida é realmente problemático. O Dinheiro
deveria lhe ajudar a viver, mas as pessoas vivem por ele. Sexo deveria ser
sinônimo de amor, confiança e coisas assim, e que me perdoe o excesso de
“cafonice”, mas hoje em dia sexo é sinônimo de tudo, menos de amor. A bebida
então?! Destrói lares, destrói a razão e faz com que as pessoas vivam baseadas
em um vício.
Com
o tempo, é claro, minha visão de mundo foi mudando. Antes de julgar
precipitadamente eu tentei, de certa forma, ter contato com estes no intuito de
achar uma “razão” por trás deles. E sinceramente, há. Porém, ainda assim, não
se justifica. É perfeitamente cabível e compreensível utilizar um desses três
elementos como fuga da nossa infeliz realidade a qual vivemos, mas em algum momento
devemos retornar a ela, por pior que seja.
E
reforço: eu passei a entender essas pessoas, eu passei a entendê-las
sinceramente. Porém ainda assim, não acho que justifique. Contudo, cheguei a
conclusão que se por algum eventual motivo eu quebrasse minha promessa eu
estaria bem comigo mesmo. Afinal eu entendia aquilo. Eu sabia o porquê das
pessoas se perderem naquele mundo de prazeres e diversão.
Mas
mesmo assim, não vejo nenhuma situação por mais equivocada e estranha que possa
parecer em que eu rompa minha promessa. É justamente o contrário, a cada dia
minha fé em minha promessa só aumenta. Eu vou amando mais e mais meu estilo de
vida. Mas amo acima de tudo os meus três ideais básicos:
Viver
pelo Conhecimento. Tonar das existências “Fracas” Fortes. E principalmente,
Trazer Ordem a Partir do Caos.
Basicamente
é isso. A forma que eu encontro de Viver é buscando meu conhecimento, meus
amigos, meus amores, meus ideais. Vivendo em prol do que amo e da forma como
escolhi viver. E não é como se minha vida fosse perfeita. Ela não é. Não venho
família rica, como você pode pensar erroneamente, venho de família pobre. Tenho
milhões de problemas como todas as pessoas. Então não quero me fazer de
superior ou o certo, ou qualquer merda assim. Da mesma forma que não gosto da
humildade, detesto a arrogância. Entende?
Então
eu meio que vivo. Tudo o que passei e que passo, e acredite, não é pouca coisa:
fazem-me assim. Me dão a força necessária para manter e lutar pelos meus
Ideais. A força necessária para ajudar a mudar esse mundo, por mais
insignificante que seja. E meio que isso sou “eu”.
Só
tento viver à minha maneira distorcida, a maneira à lá Victor Said. Apenas
tento Viver. Apenas isso.