11 de novembro de 2012

Os Objetivos de Deus





"Deus costuma usar a solidão

Para nos ensinar sobre a convivência.

Às vezes, usa a raiva para que possamos

Compreender o infinito valor da paz.

Outras vezes usa o tédio, quando quer

nos mostrar a importância da aventura e do abandono.

Deus costuma usar o silêncio para nos ensinar

sobre a responsabilidade do que dizemos.

Às vezes usa o cansaço, para que possamos

Compreender o valor do despertar.

Outras vezes usa a doença, quando quer

Nos mostrar a importância da saúde.

Deus costuma usar o fogo,

para nos ensinar a andar sobre a água.

Às vezes, usa a terra, para que possamos

Compreender o valor do ar.

Outras vezes usa a morte, quando quer

Nos mostrar a importância da vida."

O Cansaço que me Aflige



Sabe, estou cansando de sempre ser forte, de demonstrar força, de ser aquele que guia. Estou Cansado também das pessoas. Elas simplesmente agem em prol do seu bem estar, e fodam-se os outros. Estou Cansado de ser o melhor amigo possível e receber indiferença. Estou Cansado de dias péssimos e de noites frias. Estou Cansado deste meu sentimento de solidão. Estou Cansado também do IFBA, dos professores e da Petrobrás. Estou Cansado, e muito, de abraços falsos e “bom dia’s” sínicos. Cansado estou também dos “melhores amigos” que omitem, escondem e são infiéis. Cansado de mesmo tendo tantos “amigos” me sentir tão só. De me sentir tão fraco, Estou Cansado! Esta solidão que me aflige, toda esta dor que me consome por dentro. Que me faz tão triste e deprimido. Cansado de tentar, tentar e tentar mais uma vez e no final falhar. Estou Cansado da humanidade, de seus atos, de suas decisões. Fatos, consequências e escolhas também me fazem Cansado. As pessoas fazem escolhas tão “Meu Deus!”, e isto me tem Cansado muito. Minha doença tem me Cansado. Minha relação com ela também, ela está me deixando Cansado. Estou Cansado de mim mesmo. Das minhas escolhas. Das minhas amizades. Das minhas máscaras. Das opiniões, pensamentos e ideologia. Estou Cansado de meu tratamento e da forma como sou tratado. Estou Cansado do mundo e Cansado de estar Cansado. Este mundo, estas pessoas, O Meu Mundo, tudo isso e muito mais! As coisas, as quais amo. Minha família, meus cães, Pai, mãe, irmãos, estou Cansado de tudo isso! Cansado da Vida, Cansado da Morte. Cansado do Destino e de suas decisões. Estou, mais do que claramente, Cansado! Eu quero paz. Paz para poder descansar, para poder destruir tamanho cansaço. Sim, eu estou Cansado até mesmo de me confidenciar. Quando será que poderei descansar?

O Ministério - Capítulo 1: Parte 6



Victor, Lilith, Ibis. Estes eram os três traidores e os três responsáveis por todo aquele conflito. Um plano. Tudo aquilo se resumia a um plano, um simples plano. Talvez não tão simples assim, porém um plano tão problemático e complexo que mudaria as vertentes daquele Universo.
Ibis, o Braço Esquerdo de Victor, era alto, possuía 1,88 de altura. Era relativamente forte, mas especialmente nos braços possuía músculos bem definidos. Sua pele era branca, mas levemente bronzeada. Sua expressão era quase sempre fechada, mas quando ao lado de pessoas amadas e em condições propícias mostrava-se uma excelente companhia. Adorava escutar história, e ponha adorar nisso. Não se preocupava em pensar, apenas seguia seu instinto, o que o difere muito de seus companheiros.
Por não se preocupar com pensamentos, vive observando as pessoas, este era como um hobby, mas um que ele jamais se cansara de praticar. Mas deixando de lado o seu ser, atentemo-nos a sua aparência. Seus olhos cor de mel estavam muito bem contornados por maquiagens egípcias usadas por faraós. Elas deixavam-no ainda mais belo. Seus cabelos castanhos estavam bagunçados, como sempre. Usava uma fina tiara de ouro maciço em sua cabeça, exatamente no meio da testa havia um pequeno pingente em forma de águia representando a deusa Isis; seu olhar, já costumeiro, estava desleixado. Seu ombro esquerdo carregava a grande alça que prendia a sua, ainda maior, espada.
Cleópatra, este era seu nome. Uma grande espada com bem mais que dois metros, na verdade, ela era tão grande que quase era o dobro de seu dono. Sua lâmina era negra, totalmente trabalhada em detalhes que variavam entre o branco e prata, havia no centro, cortando-a verticalmente, uma grande linha sem bordas definidas e completamente inconstante que variava continuamente. Ora formando ramos que a atravessavam até sua outra face, ora retornando a sua face original, ou ainda se desfazendo por completo e formando os detalhes mais belos que uma espada era capaz de possuir.
Aquele efeito sobreposto à lâmina negra parecia um fluido metálico, e, diga-se de passagem, era um efeito e fluido belíssimos! Cleópatra era uma espada em forma de meia-lua, e para seu tamanho descomunal, sua largura era desproporcional, afinal ela era muito fina (em comparação a seu comprimento), algo entre 10 e 15 centímetros.
Quanto às roupas, eram igualmente egípcias. Havia uma grande túnica que se estendia a suas coxas em um movimento de abertura em “V”, sendo a túnica completamente revestida por dobras; o tecido não era liso, ele era completamente dobrado de forma a dar uma sensação de dualidade de cores. O bege se dispunha em tons claros e escuros.
A túnica, na verdade, não era bem uma túnica. Confesso que descrever tal peça é um tanto quanto problemático. Deixe-me tentar mais uma vez.
Imagine uma jaqueta. Esta jaqueta é bege. Ela não se fecha, deixando assim o peito e pernas expostos. Ela vai até metade da coxa. Seu movimento de crescimento é em “V”, como assim? Imagine que ela é reta até a cintura, mas à medida que desce em direção às pernas para a se estreitar em “V”. Essa “jaqueta” não é bem uma “jaqueta”. Afinal, jaquetas não vão até os joelhos (ao menos eu acho que não).
Tal peça era presa por um largo cinto branco e completamente trabalhada em estampas da mesma cultura, sendo suas bordas douradas. Sobre esta peça há uma, agora, túnica de fio de ouro extremamente leve e fina, que o cobre até os pés. Esta túnica torna sua roupa deveras elegante e bonita. Em seu baço há um bracelete de ouro que contrasta bem com seu tom de pele.
Mas há um detalhe que muito chama a atenção a cada vez que este fala: em sua língua parece haver uma espécie de símbolo. Em sua língua há cravado uma cruz egípcia, a cruz ansata, símbolo egípcio da vida eterna. Como explicarei outrora (ou não) Ibis foi presenteado por Anubis, o Deus da morte, com aquele símbolo no momento de sua morte, a fim de dar-lhes a vida eterna em um pacto de vingança e obediência.
Indiferente a sua história, aquele era Ibis, o braço esquerdo de Victor: o homem que ele mais confiava.

8 de novembro de 2012

O Tilintar do Relógio


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Sob a Flâmula do Desespero observo o tilintar do relógio
Creio no Mundo.
A Ilusão me corrompe
A Luz do teu olhar se compara as estrelas quando a bailar
Pois bem sincero e inerente é a loucura do luar
A noite volta a me desesperar, caro é o mundo que se afunda...
No Tilintar do Relógio
Que mais uma vez está à bailar, sob a supervisão do luar
As ondas do mar vêm e vão como estando a brincar
A graça da mórbida existência, por fim está por se acabar
Sob o puro berço do medo derramo lágrimas de desespero
Por mísero capricho do destino vou gritando pela salvação
Eis que caminho sobre a face do impuro mundo, rindo, sorrindo, chorando...
Rezando...
Até desistir do seu perdão
Em flagelo singelo vou sorrindo, até um dia possuir o mais puro coração...(?)

As Confissões de Um Deus Pagão


É engraçado, sinto-me tão triste, vazio e desconfortável. É como se este corpo, esta vida, esta pessoa não mais fizessem sentido. Como se tudo que sou e fui não tivessem tido um objetivo. Sinto meu mundo desabar sobre mim, vejo tudo que construí ruir bem em frente aos meus olhos e sinceramente não tenho vontade alguma de impedir.

Ao mesmo tempo em que dói tanto, dá-me um sentimento de fraqueza, um sentimento de impotência de um Victor Said falso e incapaz. Um simples pirralho incapaz de seguir em frente. Que não tem força. Que está Cansado. Que está Desolado. Mas ainda assim, e mesmo assim, Vazio.

É tão triste e fúnebre. Meus sentimentos mais se confundem com  a perda de alguém do que a tristeza rotineira, é tão assustador. Meu corpo não demonstra a menor vontade e desejo de superar, enquanto minha mente tenta, esforçadamente me levantar, mas minha alma derramas lágrimas, lágrimas que caem incessantemente. Que não me deixam em paz. Que apenas fazem-me sentir mais e mais mal.

E isso tudo é tão engraçado... Engraçado não por ser divertido, mas por tão trágico ser. Sinto tudo em mim ruir. Ruir de uma maneira como nunca antes aconteceu. Estes sentimentos tão confusos, tão tristes, tão inerentes e paradoxais preenchem minha alma até a última gota e lutam insanamente para tomar o controle, mas por mais que persistentes minha razão se ergue em flagelo singelo buscando reconstruir o que um dia já fui. Tentando loucamente me dar forças.

Mas meus pobres sentimentos se limitam a dor, a dor de perder tudo. A dor de não querer nada e de não lutar por nada. Simplesmente o brilho habitual e que até, literalmente, ontem estava em mim se esvaiu e de uma forma que não sei se sou capaz de recuperar. Dói tanto...

Não consigo enxergar, por mais que olhe e reolhe, resquícios de amizade verdadeiras. E que perdoem meus amigos, não estou dizendo que não o são, estou dizendo que apenas, agora, não sou capaz de enxergar. Mas ao mesmo tempo não posso negar a natureza de sua amizade, porém, ainda assim, sinto-me tão só, tão solitário, tão vazio: como se nunca tivesse tido amigos, como se não tivesse amigos. Infelizmente, é assim que me sinto.

Quando olho para o que sou... Ah, o que sou... A figura me desagrada profundamente. Vejo um Victor tão alheio a si mesmo. Tão perdido e instável, um Victor que está longe de ser o que sou. Mas tão perto do que um dia já fui...

O Paradoxo corrompe esta pobre existência. Parece que meu mundo, este singelo mundo habitado por um Deus Pagão, se foi. Aliás, se vai; e se esvai. E mesmo que ele possa ver, e ele vê, ele é incapaz de impedir, ele se quer quer impedir. Gostaria tanto de poder fazer com que tudo fosse como era antes, gostaria tanto que tudo voltasse ao normal.

Gostaria Tanto De Voltar a Ser Eu...
 Apenas Mais um Deus Pagão Imerso em Seu Pequeno Mundinho.