14 de setembro de 2012

O Ministério - Capítulo 1: Parte 1


Opa, Opa! Minna! Venho trazer hoje mais uma capítulo de "O Ministério", porém parcialmente. Infelizmente os capítulos são relativamente grandes, então posta-los de uma única vez fariam dos posts cansativos e como sabem, este não é o objetivo, é justamente o contrário. Então, espero que se divirtam, semana que vem trago outro pedaço, Boa Leitura! =D
Capítulo Um: A Chegada



Era inerente há Victor lembranças daquele lugar. Quantas vezes já havia brincado ali? Quantas vezes já havia dormido enquanto observava as estrelas? Quantas vezes aquele local não foi testemunha de sua solidão? E quantas outras aquele local não serviu de refúgio para sua singular existência? Acredite, não foram poucas. Aquele era um local quase sagrado, tamanho o número de lembranças e sentimentos que ele carregava.
Os olhos de Victor brilhavam há cada vez que ele observava aquele horizonte, apesar de hoje não estava tão belo, pois apesar de já sob o crepúsculo, a lua havia simplesmente sumido, nenhum sinal desta era perceptível naquela imensidão azul. Parecia que ela estava se reservando para os grandes acontecimentos que estavam por vir. Mas se assim o fosse, o Destino estava a brincar, mais uma vez, aliás.
E de novo, Victor olhou para o horizonte uma vez mais, e por mais que olhasse e cansasse de olhar, aquela vista jamais deixava de agradá-lo. A sensação nostálgica que aquela visão lhe transmitia era extremamente satisfatória.
-     Ah, que Nostálgico. – Disse de forma melancólica o homem cujos cabelos somente as pontas eram vermelhas, mas todo o resto era branco, tão branco quanto a neve, porém tão luminescente quanto a Lua. Enquanto seus olhos brilhavam, Victor se aconchegou um pouco mais em sua cadeira improvisada: o Elevador Lacerda. Suas pernas estavam agora estiradas enquanto seus braços estavam apoiando o resto do corpo e sua coluna estava um pouco inclinada.
Houve uma breve brisa, seus cabelos foram suspensos de forma majestosa, o sol finalmente se pôs. O dia agora era noite. A cidade? Mais bela impossível. Os faróis dos carros iluminavam as ruas, enquanto os postes de energia buscavam fazer o mesmo e eram ajudados pelos prédios e casas que ali havia. Por um breve instante Victor sorriu, ajeitando seus cabelos e pondo uma mecha atrás da orelha e enquanto fazia isso disse: “Seja bem vindo, My Lord, aliás, Gato Negro”.
E após dizer isto, diante dele surgiu um homem alto, vestido dos pés a cabeça de preto. Seus cabelos eram negros, mas um negro profundo que transmitia uma escuridão quase profana. Mas obscuro do que todo o seu visual gótico, era a calma de seus olhos negros que pareciam engolir tudo aquilo que viam. Aquele era Gato Negro, O Ministro Universal.
Gato Negro, este era seu nome. O nome do Maior de Todos os Ministros Universais. O mais poderoso, o mais sábio, o mais inteligente, o mais forte, o mais rápido e o “mais” em tudo o que você puder imaginar. Gato Negro era sinônimo de Perfeição. Tudo nele era de um sincronismo extremo. Suas botas, altas e com um leve salto, vinham inscritas de forma quase invisível (talvez pelo fato das inscrições serem negras, mas um negro luminoso), eram símbolos mágicos e camadas densas de proteção que iriam impedir danos graves em suas pernas, ao menos, nas áreas protegidas por elas, ou será que não? Ele bem sabia que dependendo do inimigo este tipo de preparo era inútil. Provavelmente, este era o caso. Afinal seu inimigo, por mais que jovem, era formidável.
Sua calça era justa e igualmente negra e luminosa, parecia até uma única peça com a bota. Era possível ver a luminosidade emitida por pequenas letras e inscrições (ou seja lá o que fosse aquilo!), mas sua função era clara: proteger o usuário de danos graves. Usava uma camisa de manga, assim como todo o resto, tão justo quanto suas botas e calças. Na verdade, aquela roupa parecia muito com uma peça única totalmente inscrita de forma mágica e que se assemelhava muito com as roupas usadas por espiões. Mas sobre essa peça única havia um grande sobretudo que descia até seus pés. A cor? Negra e repleta de inscrições.
Seus cabelos negros e lisos iam até seus ombros e eram repicados, com uma franja diagonal que cobria um de seus olhos, sendo que sua franja era a única coisa reta em seu cabelo. Suas mãos estavam cobertas por luvas igual a todo o resto. Mas havia uma coisa que chamava mais atenção do que todo o conjunto negro, a única coisa que fugia a esse tom e que não poderia ser escondida: a cor rosada de sua face.
A única camada de pele visível parecia ser extremamente macia e fofa, dava até vontade de apertar, mas quando entrava em contraste com aqueles olhos, talvez  – um talvez com muita certeza – essa ideia fosse repelida tão rapidamente quanto à luz. Victor ainda sorria quando o Gato Negro o respondeu:
-     Obrigado, Victor. – Disse em um tom completamente cortês e com uma educação digna de um Lorde. Suas expressões, sua forma de falar, de agir, de respirar, tudo. Tudo naquele ser era onipotente. Ele transmitia uma segurança tão grande que dava até medo estar no mesmo local que ele. Sua presença era forte, decidida e gentil. Ele parecia ser um ser de outra dimensão, tamanho o porte e elegância contido nele. – Ainda persiste com essa ideia? Ou optou por um caminho mais ameno e menos doloroso para nós dois?
-     Para nós dois? – Falou com ar de desafio o, agora, desajeitado menino. (Desajeitado não por medo, mas sim porque comparar qualquer pessoa, por mais educada que seja, a Gato Negro, significava pô-la em um nível de quase grossura, tamanho o porte elegância do Ministro).

-     Inegavelmente. Para você em carne, para mim em alma. Não fazes ideia da dor que sinto ao ferir uma criança. Então meu menino, lhe imploro, desista dessa ideia imatura e deixá-lo-ei retornar ao local, de onde jamais deveria ter saído: o seu lar. – Victor sorriu ao escutar o que para ele era um disparate, apesar de soar estranho: aquilo era uma verdade. Gato Negro era tão velho quanto aquele Universo. Ele é conhecido por ser uma das “Obras Primas de Deus”, afinal foi Deus em pessoa quem deu vida à Gato Negro, após o Grande Conflito. Chamar Victor de criança era quase um elogio, mas, obviamente, não naquele momento.

11 de setembro de 2012

O Ministério: A Introdução


Capítulo Zero: A Introdução


Terra, Salvador, Elevador Lacerda – 25 anos depois

Victor, agora um homem, estava sentado sobre o Elevador Lacerda. A construção histórica foi inaugurada em 1873, tendo 72 metros de altura que ligava da Cidade Baixa à Cidade Alta, era inegavelmente um dos principais monumentos da Bahia, se não do Brasil, sua estrutura já foi reformada e reforçada diversas vezes, a forma a qual o vemos hoje é a de um “novo Elevador Lacerda”. Apesar da estrutura, no sentido construtivo, ainda ser a mesma. Mas o que realmente importa, é que para Victor aquele local era um dos seus preferidos, ali ele se sentia bem, muito bem.
À vista a 72 metros acima do solo possibilitava um relaxante natural aos olhos. Era estonteante ver toda a Cidade Baixa em um tom roseado, por estar em frente a um mar que se perdia no horizonte e que refletia um belíssimo pôr-do-sol era tudo o que este jovem rapaz desejava, aliás, era mais do que Victor havia pedido para aquela tarde amaldiçoada. A beleza era tão grande, que acabou fazendo-o esquecer o porquê de estar ali, mas infelizmente logo se lembrou.
Será que havia como esquecer? Victor estava no ponto de encontro marcado há exatos dois meses. E durante aqueles dois meses ele jamais esqueceu o porquê de estar ali, naquela hora e naquele local, local que ele mesmo escolhera. Aquele seria o ponto de encontro ideal para uma talvez visão final, aquele pub era o seu lugar mais amado e querido, fora o seu lar, que ficava logo as suas costas. Victor havia decidido que caso o que iria ser iniciado ali resultasse em fracasso, ao menos ele fracassaria ao lado das coisas que ele amava. Mas isso não irá acontecer. Tudo foi pensado meticulosamente, não há como haver falhas. Pensou ele. Mas a verdade seja dita: ele de fato não poderia falhar. Muita coisa estava em jogo para que houvessem quaisquer erros, por menores que fossem.
Depois daquele dia tudo seria diferente. O mundo seria diferente, a galáxia seria diferente, o Universo seria diferente. Por isso, falhas não seriam toleradas. Foram cinco longos anos pensando em tudo, do início ao fim, como as coisas seriam e como elas acabariam. Não seria agora, em um momento de extremo pessimismo que ele iria falhar. Não, não era apenas ele que não poderia falhar, eles, não poderiam falhar. E quando digo eles, falo de seu braço direito e esquerdo. Falo de sua Guarda Pessoal. Os dois, espere, os três, afinal Victor era um deles. Os três que foram considerados o fruto podre do Ministério estavam ali, reunidos mais uma vez, e nenhum deles poderia falhar. Nem Victor, nem Lilith, nem Ibis. Os três traidores. O fruto Humano. O Veneno Ministerial. Os três Ministros Santos Traidores.

5 de setembro de 2012

Uma Breve Reflexão




"Ei! Sorria... Mas não se esconda atrás desse sorriso...

Mostre aquilo que você é, sem medo.
Existem pessoas que sonham com o seu sorriso, assim como eu.
Viva! Tente! A vida não passa de uma tentativa.
Ei! Ame acima de tudo, ame a tudo e a todos.
Não feche os olhos para a sujeira do mundo, não ignore a fome!
Esqueça a bomba, mas antes, faça algo para combatê-la, mesmo que se sinta incapaz.
Procure o que há de bom em tudo e em todos.
Não faça dos defeitos uma distancia, e sim, uma aproximação.
Aceite! A vida, as pessoas, faça delas a sua razão de viver.
Entenda! Entenda as pessoas que pensam diferente de você, não as reprove.
Ei! Olhe... Olhe a sua volta, quantos amigos...
Você já tornou alguém feliz hoje?
Ou fez alguém sofrer com o seu egoísmo?
Ei! Não corra. Para que tanta pressa? Corra apenas para dentro de você.

Sonhe! Mas não prejudique ninguém e não transforme seu sonho em fuga.
Acredite! Espere! Sempre haverá uma saída, sempre brilhará uma estrela.
Chore! Lute! Faça aquilo que gosta, sinta o que há dentro de você.
Ei! Ouça... Escute o que as outras pessoas têm a dizer, é importante.
Suba... faça dos obstáculos degraus para aquilo que você acha supremo,
Mas não esqueça daqueles que não conseguem subir a escada da vida.
Ei! Descubra! Descubra aquilo que há de bom dentro de você.
Procure acima de tudo ser gente, eu também vou tentar.
Ei! Você... não vá embora.
Eu preciso dizer-lhe que... te adoro, simplesmente porque você existe."

Charles Chaplin

1 de setembro de 2012

O Devaneante Autor


E por mais que não possam acreditar: falar de si mesmo é a mais difícil tarefa que há. Não posso fazê-los acreditar, mas hei de tentar, para que assim, além de compreender o que estou tentando dizer, possam também compreender a essência de meu ser.

Victor Said, este é meu nome, e este é um nome que muitos de meus leitores já conhecem. Para aqueles que me conhecem, talvez a descrição mais fácil e simples de me dar é: "Louco". Esta é uma descrição, apesar de simples, um tanto quanto interessante, já que ela aborda e retrata a essência de minha natureza, em sua multiplicidade e variedade, em sua inconstância, e isso eles podem afirmar também: sou inconstante.

Mas, apesar dela ser uma excelente descrição, ainda assim, não é capaz de me descrever. E por que não? Porque aqueles que convivem comigo, sabem que está é uma pobre descrição. Afinal, como diria Fábio, em uma de suas falhas tentativas (e já desistidas) de compreender meu ser: "Você é um homem de múltiplas faces". E isso é uma verdade, inquestionável aliás, porém ainda assim não é suficiente. Minha multiplicidade não se apresenta como elemento de falta de caráter, como diriam muitos sociólogos, mas sim uma forma de mostrar, literalmente, a diversidade de um único ser humano pode ter.

Apresentando tanto as minhas qualidades, quanto defeitos. Minhas manias e hábitos. Meus amores e desavenças. Mostrando o que amo e o que odeio (se é que odeio alguma coisa verdadeiramente). Mostrando tanto o meu lado severo, quanto o flexível. A incompreensão e compreensão de meu ser. Sendo e não sendo eu, mas isso também compõe o meu "eu". Sem jamais questionar a intensidade e veracidade dos meus sentimentos. Fábio e Jason diriam: e você tem algum? E posso lhe afirmar, que por mais que não demonstre-os verdadeiramente na maioria das vezes, sim eu os tenho. Escondidos, oprimidos e esquecidos, mas eu os tenho.

E quando meus sentimentos afloram, eles afloram intensamente (apesar de muitas vezes não expressar). Assim como tudo em mim, diga-se de passagem. Intensidade. Ou tudo, ou Nada. Ou gosto, ou não gosto. O melhor, ou o pior. E confesso:  o meio termo em alguns momentos  pode ser extremamente útil.

Porém, ainda assim, não é o suficiente para me descrever. Se eu passasse horas seguidas falando e falando, mesmo assim não seria o suficiente. Talvez por meu ser variar tanto, ou ser constante demais, ou talvez o contrário, ou talvez por nenhum desses motivos! Apenas sei que  cada pessoa me enxerga de uma forma, cada um à sua maneiras, muitas (quase todas) de forma distorcida e quase erronia, vêm-me como um monstro, enquanto outros me vêm como um anjo. É instável.

De toda forma, espero que cada pessoa chegue a suas próprias conclusões, sejam elas certas ou erradas. Condizentes ou não com a realidade e com meu ser. Apenas desejo que cada um de vocês venham a compreender o meu ser e a minha essência, à sua maneira. Me vendo como acha deve ver, acreditando em um ser que posso ser ou não. Apenas quero ser, o que você desejar que eu seja. E é isso o que sou, no fim das contas, o que você pensa que sou.

...Sonhos...




...Sonhos...

Em um Sonho Fui Humano...
Deste último pouco me Lembro...
Me Pergunto o que terá acontecido para me deixado tão Feliz ao Despertar...
Neste Sonho apenas me lembro de ter encontrado o Amor...
Sonhei que Você me amava e não me enganava... Não Mentia...
Neste Sonho não era tão Odiado quanto Sou...
Neste Sonho haviam Dores, mas haviam Amores...
Neste Sonho não havia perdido aquele que Um Dia foi o meu Melhor Amigo...
Neste Sonho eu não era tão Desumano... Quanto Sou...
Neste Sonho eu não era 4... Eu era Apenas 1...
Neste Sonho eu era Livre... 
Livre para expressar quem Sou...
Sem Nenhum Preconceito... De me Idealizar...
Neste Sonho eu não havia Perdido a Capacidade de Sonhar...







(Será Que Isso Foi Um Sonho...?)